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Altos: Justiça suspende divulgação de pesquisa por suspeita de irregularidades

A magistrada acatou a representação da coligação "œO desenvolvimento não pode parar", formada pelo PT, PCdoB, PP e Cidadania, após indícios de irregularidades na consulta

09/11/2020 16:08

Uma pesquisa de intenção de votos, realizada no município de Altos, teve o seu registro de divulgação suspenso por decisão liminar da juíza Keylla Ranyere Lopes Teixeira Procópio, titular em exercício da 32ª Zona Eleitoral da cidade. A magistrada acatou a representação da coligação “O desenvolvimento não pode parar”, formada pelo PT, PCdoB, PP e Cidadania, após indícios de irregularidades na consulta.

O grupo político, representado na ação pela atual prefeita local, Patrícia Leal (PT), afirma que além de não informar corretamente os bairros nem a área onde os formulários das entrevistas foram aplicados, a empresa responsável pela pesquisa apresentou endereços de localidades que sequer existem em Altos.

Foto: Arquivo/ODIA. 

Em sua decisão, a juíza destacou que a Justiça Eleitoral não é responsável por nenhuma espécie de controle prévio sobre o resultado de pesquisas, mas pontuou que “a legislação vigente regulamenta a elaboração e divulgação das pesquisas com o fito de evitar a veiculação de resultados fraudulentos ou obtidos fora da metodologia científica”.

“No caso em voga, a discrepância entre os nomes dos bairros indicados e os existentes no município aponta, de fato, para irregularidade na coleta das informações, de forma que o equívoco nos nomes dos locais nos quais foram coletados os dados faz com que a pesquisa atacada deixe de cumprir as exigências legais mínimas para este tipo de levantamento”, completa o despacho.

Confira a determinação na íntegra: 

https://drive.google.com/file/d/15ykDiSz0Dh0a4mgKgdUnqHid8FYLANbq/view?usp=sharing

O instituto responsável pela pesquisa eleitoral e a empresa contratante ainda foram multadas em cerca de R$ 53 mil cada, ficando passível ainda a uma sanção de R$ 10 mil para cada dia de descumprimento da decisão que suspende a sua publicação em todos os meios de comunicação.

Outro lado

O Portal O Dia tentou, mas não conseguiu contato com o Instituto Data Max, responsável pela pesquisa, para comentar o caso. O espaço está aberto para esclarecimentos. 

Por: Redação
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