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Agespisa pode ser multada em R$ 10 mil por falta de água em Barras

De acordo com o Ministério Público, por conta de problemas na distribuição, a população está consumindo água com coliformes fecais de poços tubulares.

14/03/2018 17:38

O Ministério Público do Piauí, por meio do promotor de Justiça Glécio Setúbal, da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Barras, instaurou Ação Civil Pública, com pedido de tutela de urgência, contra a Agespisa. Na ação, ajuizada nesta segunda-feira (12), o promotor atesta a má prestação dos serviços de abastecimento e qualidade da água no município. Ao todo, 40 mil pessoas dependem da distribuidora para ter acesso à água em Barras.

De acordo com o promotor Glécio Setúbal, entre os principais problemas identificados no município está a falta constante de água em vários bairros. “Um dia tem água em um bairro, no outro dia em outro bairro. A distribuidora está fazendo manobras para conseguir cobrir a necessidade da população”, destaca. Para o promotor, a estação de tratamento de água de Barras, que coleta água dos rios Longá e Marapoã, não tem estrutura para abastecer toda a cidade.

Agespisa pode ser multada em R$ 10 mil por falta de água em Barras. (Foto: Arquivo O Dia)

Por causa da falta d’água, muitos moradores precisaram construir poços tubulares para ter acesso à água para realizar tarefas domésticas básicas, como tomar banho, fazer comida e até para beber. No entanto, através de exames realizados pela própria Agespisa, em parceria com o MP/PI, ficou constatado que a água de alguns poços está contaminada com coliformes fecais, o que poderia trazer problemas de saúde para a população.

“A qualidade da água da Agespisa é razoável, o problema é que, quando falta, os moradores precisam pegar nesses poços e nessa água nós encontramos coliformes fecais”, explica o promotor.

Diante dos problemas, o Ministério Público solicitou providências urgentes quanto à garantia do abastecimento regular e contínuo de água na cidade; melhorias na estrutura da Estação de Tratamento; análise técnica da qualidade da água, aquisição de um gerador de energia; limpeza imediata dos filtros da Estação de Tratamento.

O descumprimento da medida pela Agespisa gera uma multa diária de R$ 10 mil.

Contraponto

Procurada pelo ODIA, a Agespisa informa que ainda não foi notificada da decisão judicial e que, tão logo tome conhecimento, irá tomar as devidas providências estipuladas pela Justiça.

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