Em vistoria realizada na
manhã de ontem (10), a
Agespisa confirmou que a
água utilizada por vendedores ambulantes do Mercado
Central, localizados entre os
cruzamentos das avenidas
João Cabral e Desembargador
Freitas, era imprópria para o
consumo. Durante a vistoria,
o gerente de Negócios Norte/Oeste da Agespisa, Djaci
Sousa, constatou que a água
utilizada pelos vendedores era
proveniente de um vazamento
de tubulação e, ao entrar em
contato com o solo, poderia
estar contaminada e imprópria para consumo.
Em visita feita pelo Jornal
ODIA, no local do vazamento, os vendedores afirmaram
que utilizavam a água por
acreditar que, por ser proveniente de um cano da Agespisa, estava limpa. A água era
utilizada para hidratar milho
verde, frutas e verduras comercializados no local. “Essa
água está limpa, todo mundo
aqui usa”, diz um ambulante,
ao lavar as mãos no buraco.
Já a vendedora Leidiane dos
Santos diz não usar a água do
buraco porque contém resíduos do solo, como areia, podendo causar prejuízos para a
saúde dos clientes que consomem os seus produtos. “Essa
água é cheia de areia, eu prefiro ir ali na loja e pedir um balde de água emprestado. Como
eu vendo milho cozido, não
tenho como usar essa água
suja para cozinhar o milho”,
destaca.
Além disso, a vendedora
afirma que este não é o primeiro vazamento na região. Ela
conta que sempre que a Agespisa corrige um vazamento,
outro aparece a poucos centí-
metros. “Eu vendo milho aqui
há mais de 15 anos. Toda vez,
eles vêm e tapam o buraco, e
depois abre um novo buraco,
com um novo vazamento. É
sempre assim”, diz Leidiane
dos Santos.
Problema é corrigido
Ainda na manhã de ontem
(10), a Agespisa deslocou
uma equipe para o cruzamento das avenidas João Cabral e
Desembargador Freitas para
fazer a correção do vazamento. Segundo o gerente de Negócios Norte/Oeste da Agespisa, Djaci Sousa, as redes de
distribuição do local são feitas
de cimento amianto e têm cerca de 50 anos. Ao todo, a rede
de abastecimento de água de
Teresina mede cerca de 400
quilômetros.
Ele afirma ainda que, por serem antigas, as redes estão bastante deterioradas e possuem
baixa resistência, facilitando
a ocorrência de vazamentos.
“Nesse caso, a população tem
que ligar para a Agespisa para
solicitar o envio de uma equipe para corrigir o vazamento.
A rede de abastecimento de
água de Teresina mede cerca de 400 quilômetros, então
não temos como saber cada
vazamento que acontece na
cidade”, argumenta.
Para fazer relatar ocorrências de vazamentos, problemas na tubulação ou sobre a
interrupção do abastecimento
d’água na Capital, o consumidor pode entrar em contato
com a ouvidoria da Agespisa
através do telefone 0800 086
8888
Edição: VirgianePor: Nathália Amaral