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Agentes penitenciários estão há mais de um mês no Karnak

Sipoljuspi diz que se o Governo do Estado não apresentar proposta, categoria poderá entrar de greve.

19/02/2020 09:28

Representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) estão há cinco semanas acampados em frente ao Palácio de Karnak, sede do Governo do Estado, reivindicando melhorias para a categoria. Entre as reivindicações estão a abertura de curso de formação para 166 agentes aprovados no concurso de 2016, além de campanha salarial e melhores condições de trabalho.

“Já tivemos uma primeira formação e, dentro dos 166 agentes aprovados, praticamente 40 deles não irão fazer o curso de formação porque já passaram em outros concursos e estão trabalhando. Então, o Sinpoljuspi quer que o Governo se sensibilize e chame os agentes para formação, para que possamos atender à demanda do sistema prisional, que são das mais graves”, diz o presidente do Sinpoljuspi, Kleiton Holanda.

De acordo com ele, a demanda do curso de formação para os agentes penitenciários é extremamente importante para o funcionamento das penitenciárias do Estado. E caso o governo não apresente propostas até março, o Sindicato vai defender movimento grevista.


Agentes penitenciários estão há mais de um mês acampados em frente ao Karnak. Foto: Assis Fernandes

“A Casa de Custódia, por exemplo, funciona de forma parcial porque não tem o número de servidores suficiente, assim como a Penitenciária de Esperantina. Já a Cadeia Pública de Altos (CPA) foi inaugurada recentemente e precisa de mais servidores para atender 1.700 detentos; e tem vaga, só falta pessoal para fazer um serviço de qualidade. Temos ainda a Colônia Agrícola Major César Oliveira que está acontecendo de tudo, fugas, tentativas de assassinatos, tráfico de drogas, até sequestro nas imediações. A sociedade está comprometida”, revela Kleiton Holanda.

O presidente do sindicato ressalta ainda que a categoria teve várias conversas com o Governo, sobretudo porque o concurso realizado em 2016 vence em outubro de 2021, e se as tratativas não forem realizadas, os candidatos vão perder o prazo.

“Se fizer um chamamento de apenas 75 agentes, o Governo vai fazer com que chegue ao final do prazo. E para cumprir as novas leis, o Governo vai ter que fazer um concurso para mais de 2 mil policiais penais, para termos um trabalho com segurança que satisfaça a sociedade”, conclui.

Por: Sandy Swamy
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