O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Piauí (Sinepe-PI), Marcelo Siqueira, reagiu ao novo decreto anunciado pelo Governo do Estado nesta segunda-feira (22) que determina a suspensão das atividades econômicas presenciais consideradas não essenciais por 15 dias a partir da próxima quarta-feira (24). A decisão obriga escolas a retornarem ao sistema remoto de ensino. 

^{(Foto: Reprodução)}

Obrigado a cumprir a norma, o Sinepe-PI deve se reunir ainda nesta tarde para discutir o assunto. Um dos principais questionamentos da entidade, que não descarta questionar a norma válida para todos os municípios piauienses em âmbito judicial, é que a rigidez das medidas restritivas não será aplicada a outros segmentos.

“Não concordamos com o fechamento das escolas, principalmente da educação infantil e das creches, pois as crianças precisam estar nas escolas e o presencial é essencial na educação (...) Não sei se dá tempo de recorrer à Justiça, mas vamos fazer tudo o que for possível. Não entendemos porque a educação não é essencial. Academias são essenciais e educação não?, questiona Siqueira.

^{Marcelo Siqueira, presidente do Sinepe-PI (Foto: Assis Fernandes/Arquivo/ODIA)}

Segundo o governador Wellington Dias (PT), a regressão na flexibilização da retomada gradual das atividades é justificada pelo aumento na taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) dedicada aos pacientes em tratamento para o novo coronavírus (Covid-19) na rede pública e privada do estado. 

Apesar disso, o sindicato patronal afirma que os estabelecimentos de ensino cumpriram as normas sanitárias e inibiram a doença em suas unidades. “Nesse período de funcionamento presencial não tivemos transmissão dentro das escolas. Uma ou outra suspendeu aulas para evitar a contaminação dentro da escola após alunos contraírem o vírus em casa. As escolas cumprem o protocolo, elas não são o problema”, afirmou o empresário.

Outros setores

Também impactado pelas imposições, o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí (Sindilojas-PI) comunicou que só irá se manifestar sobre o novo decreto após sua publicação no Diário Oficial do Estado (DOE), o que só deve acontecer na edição de amanhã (23).