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Irmãos que realizaram atentado na Bélgica estão ligados a ataque de Paris

Atentados deixaram mais de 30 mortos e 270 feridos. Irmãos Khalid e Ibrahim El Bakraoui são dois dos terroristas

23/03/2016 13:32

Dois irmãos apontados como os autores dos atentados de terça-feira (22), em Bruxelas, estão relacionados com os ataques de 13 de novembro, em Paris, afirmaram nesta quarta-feira (23) as autoridades e a imprensa belga, no primeiro dia de luto em homenagem às vítimas.

Os irmãos El Bakraoui, conhecidos da polícia por assaltos a mão armada, foram mencionados pelos meios de comunicação belgas em conexão com a caça ao suspeito-chave dos atentados de Paris, Salah Abdeslam, capturado na sexta-feira no município de Molenbeek, em Bruxelas, depois de quatro meses de buscas.

Khalid El Bakraoui teria alugado, sob uma identidade falsa, um apartamento que serviu de esconderijo em Charleroi (sul), de onde partiram alguns dos autores dos atentados de 13 de novembro, e um apartamento no bairro de Forest, igualmente em Bruxelas, onde uma operação policial de rotina em 15 de março ajudou a encontrar o rastro de Abdeslam.


Imprensa belga divulgou foto que mostraria suspeitos do atentado terrorista no Aeroporto Internacional de Zaventem (Foto: Reprodução/HLN)

Quanto ao terceiro homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança, ele continua foragido, de acordo com o procurador belga. "Ainda não foi identificado", afirmou, indicando que "em sua mochila estava a maior parte da carga explosiva" utilizada no ataque.

Alguns meios de comunicação belgas afirmaram que poderia se tratar de Najim Laachraoui, um suposto cúmplice de Salah Abdeslam.

A imprensa belga, que chegou a anunciar a detenção de Laachraoui, se retratou pouco depois desta informação.

Mais de 40 nacionalidadesCom a confirmação da participação dos irmãos El Bakraoui nos atentados de terça, os investigadores já podem estabelecer uma relação direta entre a rede por trás dos ataques de Paris (130 mortos).

Também reforça os temores sobre a capacidade das rede extremistas belgas de continuar a realizar ataques sangrentos, apesar do reforço das medidas de segurança em toda a Europa e a pressão policial consideravelmente aumentada desde os ataques de Paris.

"Deveríamos ter restabelecido o nível 4 (de alerta máximo) de ameaça terrorista após a prisão de Salah Abdeslam? Não tínhamos informações para prevenir a iminência desta ameaça?", questionava nesta quarta-feira em uma edição especial o jornal Le Soir, que ressaltou a possível existência de "cúmplices" que poderiam voltar a agir.

Os piores ataques terroristas ocorridos na Bélgica poderiam ter "atingido mais de 40 nacionalidades", segundo o ministro belga das Relações Exteriores, Didier Reynders.

Ao menos uma peruana morreu, e dez franceses, dois britânicos e três americanos ficaram feridos.


Khalid também foi identificado por suas impressões digitais como o autor do ataque na estação de metrô de Maelbeek (Foto: Interpol/Reuters)

Uma delegação do FBI e da polícia de Nova York devem viajar para Bruxelas. O Departamento de Estado alertou os cidadãos americanos para "riscos potenciais se quiserem viajar para e pela Europa".

A Bélgica parou nesta quarta para observar um minuto de silêncio em memória das vítimas em vários pontos da capital, como no cruzamento Schuman, no coração do bairro europeu, na presença do casal real, Philippe e Mathilde, e do primeiro-ministro Charles Michel.

Centenas de pessoas se reuniram na Place de la Bourse, convertida em um memorial improvisado, onde houve aplausos ao fim do minuto de silêncio.

"Na noite passada, vim depositar uma vela e passei esta manhã em solidariedade com as vítimas e suas famílias. É importante estar aqui com outras pessoas", declarou à AFP Latifa Charaf, de 50 anos, uma professora de Bruxelas.

Fonte: G1
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