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Vídeo mostra momento em que mulher reencontra família após ser mantida em cárcere privado por 15 anos

Segundo a Polícia Civil, a vítima era mantida em situação análoga à escravidão e sofria tortura físicas e psicológicas.

23/05/2023 às 14h40

26/09/2023 às 19h35

Francisca Daniele Mesquita Medeiros, de 39 anos, foi presa em flagrante, nesta terça-feira (23), por manter a prima de segundo grau em cárcere privado por pelo menos 15 anos no bairro Ilhotas, no Centro Sul de Teresina. Segundo a Polícia Civil, a vítima era mantida em situação análoga à escravidão e sofria tortura físicas e psicológicas.

Em entrevista à O Dia TV, o delegado Odilo Sena, do 6º Distrito Policial, informou que a vítima é natural do Estado do Maranhão. Ela vivia desde os 12 anos em situações degradantes e era impedida de manter contato com pais. Na residência onde morava, ela era obrigada a fazer trabalhos domésticos. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a mulher reencontra a mãe. (veja abaixo:)

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“A gente começou a investigar através de uma denúncia anônima. Fomos informados que essa pessoa era mantida em cárcere privado, torturada psicologicamente, fisicamente e mantida em cárcere privado. A vítima não sabe ler e escrever e foi sequestrada aos 12 anos. Ela cuidava de uma criança autista e fazia os serviços domésticos de manhã, tarde e noite”, informou o delegado.

Delegado Odilo Sena, titular do 6º Distrito Policial de Teresina  - (Arquivo/ODIA) Arquivo/ODIA
Delegado Odilo Sena, titular do 6º Distrito Policial de Teresina

O delegado informou ainda que a suspeita do crime é prima de segundo grau da vítima. “A família da vítima, de um modo geral, era colocada de lado com a informação de que a mulher não queria falar com os pais e vice-versa. A suspeita intermediava esses diálogos. A mulher foi encontrada com lesões nas costelas e lábios depois de ter sido agredida há pelo menos quatro dias", reforçou.

Após a prisão, a mulher foi levada à Central de Flagrantes para os procedimentos cabíveis. Ela vai responder pelo crime de condição análoga à escravidão, cárcere privado e está sendo investigada por tortura física e psicológica.

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