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Saiba qual o tipo certo de álcool em gel para se prevenir da gripe A

Em tempos de precaução por conta da gripe suína, a população brasileira correu às farmácias em busca do álcool em gel, substância que já era utilizada em hospitais para desinfetar mãos dos profissionais da saúde e de visitantes.

25/08/2009 05:27

Em tempos de precaução por conta da gripe suína, a população brasileira correu às farmácias em busca do álcool em gel, substância que já era utilizada em hospitais para desinfetar mãos dos profissionais da saúde e de visitantes. Desde que a proliferação do vírus Influenza A (H1N1), causador da Gripe A, começou a ganhar grandes proporções no Brasil, que já supera a Argentina em número de mortes causadas pela Gripe A, as embalagens de álcool em gel sumiram do mercado e fornecedores tem dificuldade de abastecer o mercado com a substância.

Diante disso, consumidores tem procurado qualquer tipo de álcool para fazer a higienização das mãos a qualquer momento. Mas, será que qualquer tipo de álcool serve para fazer a adequada assepsia das mãos? E entre usar o gel e lavar as mãos com água e sabão, o que é mais adequado? De acordo com o farmacêutico e professor universitário André Luiz Meneses, a assepsia das mãos com o álcool em gel 70° GL já é prática comum em hospitais e em procedimentos farmacêuticos, mas, ainda não existem estudos, em nível local, sobre a eficácia da substância contra o vírus provocador da Gripe A.

“De forma geral, o gel é bastante eficiente para matar microorganismos com os quais temos contato no dia a dia, mas em Teresina, ou na Universidade Federal do Piauí, não existe estudo que comprove sua eficácia contra o vírus Influenza A (H1N1)”, ratifica. Porém, a substância está entre as recomendações do Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza do Ministério da Saúde para o combate do vírus da Gripe A.

Porém, existem estudos comprobatórios de que a proporção ideal de álcool e água para a eficiente desinfecção das mãos e de superfícies é de 70 partes de álcool para 30 de água. “O álcool líquido 96° GL não é tão eficiente para matar os microorganismos quanto o 70°. Já foi comprovado que essa quantidade a mais de água dá mais poder de penetração ao álcool, aumentando assim sua eficácia”, explica o farmacêutico André Luiz Menezes. Portanto, o álcool mais indicado, e o que tem sido mais procurado atualmente é o álcool em gel 70° GL.

Álcool pode ser manipulado em farmácia
Diante da dificuldade em encontrar o álcool nas farmácias, muitas pessoas tem recorrido às farmácias de manipulação para obter a substância manipulada. O principal cuidado ao recorrer a esta opção é pedir orientação a um farmacêutico. “O álcool pode ser facilmente manipulado numa farmácia registrada. O procedimento não é muito complexo, mas deve ser feito por um profissional de farmácia com material específico”, alerta o farmacêutico André Luiz Meneses.

André alerta ainda que não se deve tentar produzir o álcool de forma caseira, utilizando álcool em outras concentrações e adicionando água. “Se produzido em casa, ele não terá eficácia, uma vez que é necessário ter um instrumento de verificação do grau exato que vai assegurar a confiabilidade do produto”, argumenta André.
Além disso, a água utilizada na confecção do produto manipulado não é água potável, e sim água pura. “Para isso é utilizado um purificador especial, que não é o mesmo purificador de água potável. Caso seja utilizada a água comum, corre o risco de ficarem microorganismos no álcool, o que não ocorre quando é utilizada a água pura, com qualidade microbiológica adequada”, afirma.

Além de observar a concentração do álcool e de requisitar o produto manipulado a um profissional de farmácia, em estabelecimentos registrados, o consumidor deve atentar ainda ao registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a presença do selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Caso o cliente observe que o produto não é registrado junto à agência reguladora, deve denunciar à Anvisa (0800-611997 e e-mail [email protected]) ou à vigilância sanitária de sua cidade.

O consumidor pode identificar se o álcool tem o registro verificando na embalagem a presença de um código com as iniciais “MS” e seguido de um código numérico.

Fonte: Natália Vaz/ Jornal o DIA
Edição: Portal O Dia
Por: Portal O Dia