Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Como agir se sua filha gosta de se vestir como menino

Saiba o que fazer se seu filho, assim como Shiloh, tem preferencia por personagens e roupas do sexo oposto.

01/03/2010 23:00

Não é de hoje que a pequena Shiloh, filha de Angelina Jolie e Brad Pitt, tem chamado a atenção dos paparazzi pela forma como gosta de se vestir: calça cargo, camisetas largas, chápéu e gravata fazem parte do visual da pequena. Ela gosta até ser chamada de nomes como John ou Peter, segundo Brad Pitt relatou em entrevista a um programa de TV. Mas o que isso quer dizer? Apesar de ser estranho pra nós, adultos, pode ser saudável para a criança. Nessa idade, vestir-se com roupas do sexo oposto e brincar com brinquedos “de menino” pode significar apenas uma curiosidade. “As crianças ainda não têm noção de gênero nessa idade, apenas estão brincando, passando por uma fase de experimentação. Só que no caso de Shiloh, a imprensa faz essa diferença na vida dela”, explica a psicóloga Maria Irene Maluf.

Se sua filha quer se fantasiar de Peter Pan em vez de Sininho, encare com naturalidade. O problema é que, conforme a criança vai crescendo, esse tipo de comportamento que antes passava despercebido, começa a chamar atenção e ser motivo de estranhamento na família e na escola, criando um problema social para a criança. Veja nossas dicas para saber o que fazer se seu filho também se comporta assim.

Descubra por quê
Vários motivos podem levar a criança a adotar preferências típicas do sexo oposto. Observe o comportamento do seu filho para tentar entender porque ele se veste daquela maneira. Pode ser birra, influência de alguém ou uma simples curiosidade. “Hoje em dia existe uma possibilidade maior de se experimentar uma coisa nova, o que antigamente seria repreendido”, explica Maria Irene. Portanto, se seu filho pegou a barbie da irmã emprestada, não há com o que se preocupar, ele pode estar apenas matando a sua curiosidade, de uma forma natural e passageira.

Se for birra, ignore
Ao fazer alguma coisa que ele sabe que você não gosta, seu filho pode estar apenas tentando chamar a sua atenção. Muitos pais fazem um escândalo ao ver o filho homem usando roupas femininas, por exemplo. E uma vez que a família reprova a atitude, é provável que a criança repita o comportamento toda vez que quiser chamar a atenção. Uma ideia é entrar na brincadeira dele, falando: “Que bacana! Vou me pintar assim também e ir te buscar na escola!”. Logo ele vai perceber que experimentar é uma coisa boa, mas dependendo da situação, uma roupa diferente pode não ser apropriada.

Observe se há incentivo

Se um menino só tem irmãs e passa o dia todo com elas, é natural que ele queira brincar com as bonecas, maquiagens e vestidos. Quando muito pequenas, as crianças ainda não têm a noção de gênero desenvolvida.

Pergunte
Com naturalidade, converse com seu filho sobre aquela boneca que ele tanto gosta, pergunte porque ele gosta mais daquela, se ele gostaria de ter uma só pra ele em vez de emprestar a da irmã, etc.

Observe a frequência do comportamento
Fique atento se a brincadeira de se vestir do sexo oposto, por exemplo, é a preferida da criança, ou se ela brinca de outras coisas também. "A curiosidade é geralmente passageira, mas se houver uma persistência, isso pode significar uma tendência homossexual", explica Maria Irene. O melhor a fazer nesse caso é encaminhar para um psicólogo que possa acompanhar e apoiar a criança nessa jornada de aceitação que a criança terá de enfrentar.

Converse com especialistas

Se a criança tiver mesmo uma tendência homossexual, a família deve procurar orientação de um profissional, que ajudará a lidar com o bullying, pressão e preconceito que a criança poderá sofrer. “Tudo o que é diferente choca ou outros e torna o ambiente agressivo. E a resposta da sociedade à diferença cria os mecanismos que levam ao bulliyng”, explica a psicóloga. “A maior parte dos meninos que sofrem bullying na infância e na adolescência são aqueles que apresentam um comportamento feminino”. A família e a escola também devem participar de todo o processo.
Fonte: TERRA
Edição: Portal O Dia
Por: Portal O Dia