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Caieiras clandestinas incomodam população na zona Norte

Comunidade do Residencial São José sofre com efeitos da fumaça todos os dias

29/09/2010 08:30

A presidente da Associação de Moradores do Residencial São José, Francelina Araújo Costa, está fazendo um abaixo- assinado para pedir que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente tome providências para pôr fim nas caieiras clandestinas que estão prejudicando a população do residencial e bairros vizinhos, na
região do Mocambinho, zona Norte de Teresina. Durante toda a noite, a fumaça originada das caieiras localizadas em um lixão no bairro atinge vários quarteirões, causando problemas respiratórios nos moradores.

“Aqui sempre teve problema de lixo e caieira quando o residencial começou, mas conseguimos fazer com que elas diminuíssem e fossem para longe, mas há um mês a situação piorou, com muita fumaça no final da tarde. Todo mundo na minha rua vive doente por conta da fumaça e da fuligem”, conta Francelina.

O policial militar Florindo Seles da Silva, mais conhecido como “Neto”, diz que toda a avenida Cleanto Jales, onde mora, fica tomada pela fumaça das caieiras ao cair da tarde. “E a noite inteira fica assim. Minha esposa vive doente”, explica. Gestantes estão saindo de casa para ficar com parentes para evitar prejudicar a saúde do bebê.

Ontem pela manhã, a reportagem de O DIA esteve no local para saber quem era o autor das caieiras. No local, foi possível contar seis caieiras, embora a maioria estivesse apagada, pois só funcionam mais no final da tarde.

Um carroceiro que estava recolhendo material no lixão botou a culpa na Prefeitura de Teresina, alegando que as caieiras acontecem porque a PMT demora a fazer a coleta de lixo, que deveria ser de três em três dias. “Passam mais de 15 dias sem vir aqui, aí o pessoal aproveita para fazer as caieiras e vender o carvão. Mas não acredito que isso prejudique a população”, conta o carroceiro identificado apenas como Valdivino.

Francelina acusa moradores de outros bairros a invadiremo local para se beneficiarem economicamente. “Soube que é gente de outro lugar que vem para cá para ganhar dinheiro. Eles fazem isso por falta de fiscalização da Prefeitura”, denuncia.

A SDU Centro Norte informa que a fiscalização das caieiras cabe à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que já foi informada do problema. “Assim que tivemos conhecimento, repassamos a situação à Semam e eles vão tomar as providências cabíveis em relação às caieiras. Em relação ao lixo, a coleta passou por problemas, mas já está sendo normalizado. Os caminhões recolhem lixo das áreas de transbordo em intervalos regulares”, explica o superintendente José Antonio Sobral.

O secretário Municipal de Meio Ambiente, Valdemir Virgino, explica que soube do fato na tarde de segunda-feira e já começou a tomar providências. “Mandamos fiscais lá para saber quem era o autor das caieiras, mas não descobrimos ainda. Vamos voltar lá novamente para pegar o responsável e impedi-lo de continuar a prática, que é danosa à população”, diz.
Fonte: Robert Pedrosa/ Jornal O Dia
Edição: Portal O Dia
Por: Portal O Dia