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B-R-O-Bró está começando cada vez mais cedo, diz físico da USP

Uma notícia que não vai agradar os 800 mil teresinenses que, todos os anos, sofrem com uma temperatura média de 36 graus centígrados nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, o famoso e famigerado B-R-O-Bró.

12/09/2009 05:03

Uma notícia que não vai agradar os 800 mil teresinenses que, todos os anos, sofrem com uma temperatura média de 36 graus centígrados nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, o famoso e famigerado B-R-O-Bró. Segundo o físico da Universidade de São Paulo e meteorologia Luiz Carlos Molion, esse período - o mais quente de Teresina – está começando cada vez mais cedo, como agosto e julho e vai continuar assim pelos próximos 30 anos.

Molion, polêmico por ser um dos poucos cientistas a negar a tese do aquecimento global - disse ainda que o aumento do calor se dará não somente em Teresina, mas em todo o Piauí. “Também o período chuvoso vai ficar cada vez menor e será concentrado em poucos meses, mas será mais intenso, com grandes tempestades e enchentes”, alertou Molion, em sua palestra “Mudanças Climáticas – Causas e Efeitos”, realizada ontem no Rio Poty Hotel durante o 6º Fórum Nacional de Defesa Civil.

A explicação para tanto calor é provocada – paradoxalmente pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico – que corresponde por 35% da área total do globo terrestre e por isso tem influência grande na mudança do clima. “Com o resfriamento das águas, há menos evaporação e, consequentemente, menos formação de nuvens nos trópicos. Sem nuvens, a radiação solar indice com mais força. Também sem nuvens, não há como chover”, explicou o meteorologista.

O resfriamento das águas do Pacífico já aconteceu no passado, entre 1947 e 1976, voltando a ficarem aquecidas entre 1977 e 1999 – quando novamente começaram a esfriar. “Não há evidências 100% precisas, porque o período que se tem do estudo do Pacífico (100 anos) é muito pouco para a idade da Terra (mais de 4 bilhões de anos). Mas acredito que, daqui a 20 ou 30 anos, as águas do Pacífico esquentarão novamente, com já aconteceu, e o calor diminuirá em Teresina, havendo mais chuvas esparsadas, no período do B-R-O-Bró”, frisou.

Luiz Carlos Molion é um polêmico pesquisador. Ainda em 1990, dois anos antes da Conferência ambiental Rio-92, Molin contestou a tese de que o planeta passava por aquecimento global e que a camada de ozônio (que protege a Terra do excesso da radiação solar) estava aumentando por conta da emissão de gases provocados pelas indústrias.

PhD em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin (EUA) e pós-doutor em Hidrologia na Inglaterra, pesquisador nega que a temperatura do planeta esteja subindo e que a ação do homem, com a emissão crescente de gás carbônico (CO2) e outros poluentes, nada tem a ver com o propalado aquecimento global.
“Sem exagero, eu digo que o clima da Terra é resultante de tudo o que ocorre no universo. A ação do homem pouco interfere nisso. O planeta é muito mais poderoso. Essa ideia de aquecimento global foi criada pelos países ricos para evitar que os países emergentes pudessem crescer. Afinal, para haver desenvolvimento, tem que ter energia. Para ter energia, é necessário criar usinas que emitem gases. Então, os países ricos inventaram essa teoria para evitar que as nações mais pobres se desenvolvam”, completou.

Fonte: Robert Pedrosa/ Jornal O DIA
Edição: Portal O Dia
Por: Portal O Dia