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"Tive que ficar longe dos meus pais", diz aluno que tirou 980 na redação

Natural de Castelo do Piauí, estudante se mudou para Teresina com o objetivo de preparar para o Enem.

18/01/2019 17:08

Natural de Castelo do Piauí, a 166 km de Teresina, o estudante Antônio Felipe Martins da Silva, de 18 anos, se mudou para Teresina há um ano com o objetivo de ser aprovado no vestibular. Aluno do Centro de Ensino Médio de Tempo Integral (Cemti) Didácio Silva, localizado na zona sudeste de Teresina, Antônio Felipe conseguiu, no Enem 2019, o total de 980 pontos na redação. A maior nota registrada no Ensino Público do Estado.

O estudante, que pretende cursar Engenharia Civil na Universidade Federal do Piauí (UFPI), conta que teve que ficar longe dos pais e morar com os primos para se preparar para o vestibular. “Vim para Teresina no ano passado para concluir os estudos e me preparar para o vestibular. Pra mim foi uma superação muito grande porque tive que ficar longe dos meus pais”, enfatiza.

Quando questionado sobre a preparação para a prova e a sensação de ter alcançado um bom resultado, o aluno é enfático ao mencionar a figura dos professores no caminho percorrido ao longo do ano. “Temos três professores que realmente nos incentivaram e também não faltavam revisões. Eu entrava na escola às 7h e saía às 17h, descansava um pouco e a noite ia estudar para compensar os assuntos do 3º ano do Ensino Médio e revisar os assuntos do Enem”, explica.

Assim como Antônio Felipe, outros alunos de escola pública também tiveram destaque na redação deste ano, é o caso da estudante Carla Cristina de Sousa Lima, 17 anos, do CETI João Henrique de Almeida Sousa. Com 960 pontos na redação, a aluna, que também pretende cursar Engenharia Civil, relata que a maior dificuldade foi conciliar o tempo de estudos. “Eu sempre me dediquei muito, mas como a escola funciona em tempo integral, nós tínhamos pouco tempo para estudarmos sozinhos, o estudo era mais na sala de aula”, destaca.

A diretora do CETI João Henrique de Almeida Sousa, Djanira Alencar, explica que o método de ensino é o diferencial para que os alunos consigam alcançar bons resultados na prova. Além de Carla, os demais alunos do 3º ano do Ensino Médio também tiveram um desempenho acima da média, com notas entre 890 e 960 pontos. “A gente começa a trabalhar com os nossos alunos preparando para simulados desde o 1º ano, e quando chega no 3º ano, nós intensificamos esse trabalho, tanto na sala de aula como fora”, afirma.

Além das aulas convencionais, a diretora esclarece que os alunos são beneficiados com cursos de pré-vestibular e parcerias com universidades e faculdades privadas da capital. “Temos o Pré-Enem Seduc e a escola desenvolve ainda um Pré-Enem dentro da escola, com professores de fora para nos dar esse apoio, trabalhando ao máximo possíveis questões para que esse aluno esteja preparado no dia da prova”, diz.

Para a diretora, o resultado da turma é o reflexo do trabalho desenvolvido ao longo dos anos e não somente em 2018. “A escola recebe com muita alegria e se tranquiliza no sentido de dizer que o nosso trabalho está sendo bem feito, porque todo o esforço que cada professor e toda a equipe dedica pra todos os alunos desde o início do ano está sendo gratificado, e esse resultado não é de hoje, mas já de alguns anos”, conclui.

Por: Nathalia Amaral e Lucas Albano
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