A tecnologia veio para facilitar a vida das pessoas, mas, quando usada de forma inadequada, ela pode gerar alguns dados, sobretudo físicos e de aprendizado. A diretora pedagógica da Faculdade Cesvale Erica Borri conta que o desvio de atenção é um dos prejuízos que os jovens da Geração Z estão apresentando.

Ela comenta que o processo de ensino é construído mediante o aprendizado da escrita e leitura. Sem esses valores, os jovens não conseguem colocar em prática essas habilidades no dia a dia. “Muitos jovens não tem a habilidade de ouvir o professor ensinar, porque ele desvia a atenção e vai utilizar o telefone celular com recurso para tirar alguma dúvida e acaba indo acessar outras ferramentas que não era necessariamente o que ele foi buscar”, fala.

Para Erica Borri, não é proibir o uso do aparelho de celular que os jovens passarão aprestar mais atenção no que o professo está ensinando, mas sim criar restrições para que o conteúdo seja direcionado de forma correta. É necessário descontruir o conceito de prática de ensino e trabalhar um novo conceito ativo. Os professores precisam estar preparados e aptos a entender o que seus alunos precisam”, frisa.

De acordo Cristina Miranda, é importante que seja feito um bom processo educacional, sobretudo na base familiar desses jovens. Ela pontua que os pais devem estipular o tempo de uso desses aparelhos tecnológicos e conversar em uma linguagem que eles entendam. “Devemos explicar para esses jovens a necessidade de se pegar em um lápis, em um livro físico, para que essas crianças não desenvolvam, por exemplo, déficit de atenção, como temos recebido diariamente nos nossos consultórios. As crianças estão com dificuldade para aprender porque elas acabam sempre recorrendo aos aparelhos eletrônicos para responderem suas dúvidas”, salienta.

Por: Isabela Lopes