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Estudantes desocupam a sede da reitoria, mas permanecem no auditório do CCE

Em contrapartida, os estudantes receberam da administração da UFPI a garantia de que teriam as reivindicações das pautas locais atendidas

16/11/2016 17:06

Os estudantes do movimento OcupaUFPI aceitaram desocupar a sede da reitoria, após a audiência de conciliação ocorrida na 5ª Vara da Justiça Federal entre a administração da Universidade Federal do Piauí e os manifestantes, no final da tarde desta quarta-feira (16). O acordo foi mediado pela juíza Marina Rocha Cavalcante. 

O prazo para que os estudantes deixem o local é de até 48h. A decisão, no entanto, não encerra o movimento contra a PEC 55, que será votada no Senado e prevê cortes de gastos públicos, incluindo em áreas como saúde e educação. Segundo o acordo, os estudantes poderão ficar acampados no auditório do Centro de Ciências da Educação-CCE até que a PEC seja votada.

Em contrapartida à desocupação da sede da reitoria, os estudantes receberam da administração da UFPI a garantia de que teriam as reivindicações de 12 pautas locais atendidas. Entre elas, estão questões como mudança no cardápio do Restaurante Universitário, ampliação e qualificação da segurança patrimonial e mais investimentos na área, bem como a criação de comissões para debate de temas com ampla participação dos alunos na tomada de decisão na Universidade.

Após a discussão dos itens apresentados pelos alunos foi assinado um documento pelas partes. A juíza Marina Rocha disse que o acordo passará a ser judicializado. "Fica a par da justiça a determinação para cumprimento dos itens discutidos", declarou.


Ainda na audiência, o procurador do Ministério Público, Kelson Pinheiro, defendeu a execução de sanções em caso de descumprimento dos acordos por parte da reitoria da Universidade. "É uma forma de legitimar mais ainda essa ampla discussão que, sabemos bem, em casos específicos, precisa de mecanismos, não só de monitoramento, mas de imposição para serem concluída", ponderou. 

No entanto, o reitor da UFPI, Arimatéa Lopes, assegurou que as reivindicações já fazem parte de um pacote de medidas estruturais da própria instituição, e que serão atendidas previamente. "Esse itens que não vão impactar no orçamento da Universidade, portanto, muitos serão atendidos a partir de segunda-feira. Claro que outros, como a questão de suco no cardápio do R.U, demanda de uma estrutura específica, mas o fato é que os resultados serão sentidos de imediato. Foi uma discussão positiva para todos", explanou. 

O movimento OcupaUFPI foi representado pela Defensoria Pública da União, através do defensor público Edilberto Alves. O procurador-adjunto, Virgulino Coelho Neto representou a UFPI. A audiência de conciliação ainda foi acompanhada pelo procurador da República Kelston Lages e pelo reitor da José de Arimateia Lopes.

Por: Nayara Felizardo e Francisco Barbosa
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