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Variação do IPCA para julho é a maior já registrada nos últimos 14 anos

No setor de alimentação, indicie registrou queda de preços, que ainda estavam em alta por conta dos reflexos das greves dos caminhoneiros.

21/07/2018 10:22

O IBGE divulgou nesta sexta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) para o mês de julho. Segundo os dados, houve uma variação 0,64% em julho, o que resulta em uma redução em 0,47% em relação à taxa de junho (1,11%). Ainda de acordo com o instituto de pesquisa, essa foi a maior taxa para um mês de julho desde 2004 (0,93%). A variação acumulada no ano ficou em 3,00%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice acelerou para 4,53%, acima dos 3,68% registrados no mesmo período anterior.

Apesar da desaceleração de junho para julho, Alimentação e bebidas (0,61%) e Transportes (0,79%), aliados à aceleração do grupo Habitação (1,99%), foram os principais impactos no IPCA, contribuindo com 0,61%, ou 95% do índice.

Foto; Divulgação

Em junho, o grupo dos Alimentos apresentou uma alta de 1,57% e agora, em julho, vem com uma taxa de 0,61%. Segundo o IBGE, essa desaceleração ocorreu por conta do realinhamento nos níveis de preços médios de itens alimentícios, que tinham sido elevados em junho por conta da paralisação dos caminhoneiros, em maio. 

Entre os itens que caíram estão batata-inglesa (-24,80%), tomate (-23,57%), cebola (-21,37%), hortaliças (-7,63%) e frutas (-5,24%). No entanto, outros itens alimentícios seguem em alta, como o leite longa vida (18,30%), o frango inteiro (6,69%), o frango em pedaços (4,11%), o arroz (3,15%), o pão francês (2,58%) e a carne (1,10%).

Após a alta de 5,94% no mês de junho, no grupo Transportes (0,79%), os combustíveis vieram com queda de 0,57%, por conta da redução nos preços médios do óleo diesel (-6,29%), do etanol (-0,78%) e da gasolina (-0,37%). Ainda dentro do mesmo grupo, se destaca o item passagem aérea, que sofreu uma variação de 45,05% e impacto de 0,12%. 

Já o grupo de Habitação acelerou em relação a junho, mostrou a maior variação entre os grupos, (1,99%) e, também, o maior impacto 0,31%, respondendo por quase metade do IPCA-15 de julho. O destaque vai para energia elétrica (6,77%) – o maior impacto individual no índice do mês, 0,25%, isso por conta de reajustes ocorridos em algumas regiões pesquisadas.

No mesmo, item Habitação, aparece o item gás de botijão subiu 1,36%. Em 5 de julho, a Petrobrás autorizou reajuste de 4,38% para o botijão de 13 kg nas refinarias. 

Os demais grupos de produtos e serviços tiveram variações entre o -0,14% do Vestuário e o 0,36% dos Artigos de residência.


Por: Yuri Ribeiro
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