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Ranking põe Piauí entre os dez estados mais eficientes em gestão de recursos

REE-F analisa a situação financeira e lista Estados que mais fazem utilizando um menor volume de recursos

19/08/2018 16:31

A Folha de São Paulo e o Datafolha apresentaram uma ferramenta inédita que mostra quais estados fazem mais pelos setores da educação, saúde, infraestrutura e segurança à população utilizando o menor volume de recursos financeiros. Para calcular a eficiência na gestão e a situação financeira dos 26 estados, o REE-F (Ranking de Eficiência dos Estados - Folha) levou em consideração 17 variáveis que foram agrupadas em seis componentes.

Cinco estados foram considerados “eficientes” dentro da avaliação. Isso porque, em uma escala de 0 a 1, eles obtiveram uma nota superior a 0,50. São eles: Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Pernambuco e Espírito Santo. A lista apresenta outros seis estados que demostraram “alguma eficiência. Os demais, um total de 15 estados, aparecem no ranking como "pouco eficientes" ou "ineficientes".

Na lista do REE-F, o Piauí aparece em 8ª posição, com uma nota de 0,482. Entre os seis componentes em que o Piauí se saiu bem, segundo o ranking estão segurança, com uma nota muita próxima de 1 (0,878), e finanças, com nota de 0,594. Em educação, o Estado atingiu nota 0,387 e infraestrutura 0,372, enquanto o setor saúde tem 0,410 como nota. No quesito renda per capita foi onde o Piauí mas mostrou sua ineficiência, com uma nota de 0,118, enquanto a média brasileira é de 0,372.

Com uma população com mais de 3,2 milhões de habitantes, o Piauí, em 2017, teve uma receita total de R$ 9,8 bilhões, o que equivale a uma receita de R$ 3.030 por habitante.

A pesquisa

Segundo a Folha, o objetivo do REE-F é quantificar o cumprimento, pelos governos estaduais, de funções básicas e previstas em lei segundo seus recursos financeiros. Aqueles mais bem posicionados são estados que gastam menos para, por exemplo, gerenciar escolas, médicos, hospitais, saneamento básico, rodovias e segurança.

O REF-F, que cruza a atividade econômica dos estados, mostra também quais são aqueles que mantêm ou ampliaram sua base industrial e de serviços na composição do PIB (Produto Interno Bruto). Os estados que registram impacto positivo na arrecadação de impostos, tendem a elevar a nota e ser mais eficientes. Já os que têm a agricultura, a administração pública e os repasses da União como principais fontes tem nota menor comparada aos demais.

O ranking mostra ainda uma correlação com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU, revelando  que altas taxas de mortalidade infantil e homicídios são os sinais mais fortes da ineficiência de um estado.  Aqueles que possuem nota maior em receita per capita maior não são necessariamente os com melhor desempenho.

Por: Yuri Ribeiro
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