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Previdência deve ser planejada o quanto antes, orienta economista

Para garantir um futuro tranquilo e confortável, é preciso planejamento e, quanto mais cedo começar, melhor.

08/01/2019 08:18

Quem trabalha deseja chegar ao final da idade ativa desfrutando de uma boa aposentadoria. A Previdência Social é um seguro que garante uma aposentadoria ao contribuinte quando ele para de trabalhar, garantindo também outros benefícios, como em caso de doença, invalidez, idade avançada, morte, desemprego, maternidade ou ainda na reclusão (prisão). Mas, para garantir um futuro tranquilo e confortável, é preciso planejamento e, quanto mais cedo, melhor.

Para ter direito a esses benefícios, o trabalhador deve pagar uma contribuição mensal durante um determinado período ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O tempo de contribuição varia de acordo com o tipo de aposentadoria. O INSS administra o recebimento dessas mensalidades e paga os benefícios aos segurados que contribuíram e que se aposentaram.

Contudo, para ter esse direito garantido, é preciso ficar atento a algumas recomendações e quem dá dicas de como se preparar para a aposentadoria é o economista Fernando Galvão. “No Brasil, existem algumas dificuldades das pessoas trabalharem a Previdência Social ao longo de toda a vida, principalmente por conta da falta de renda. Quem ganha muito pouco não consegue reservar o dinheiro pensando no seu futuro, além de serem pessoas que têm dificuldade de formar poupança”, explica.

Além desse fator, também há a falta de informação e conhecimento sobre a importância de se pensar na Previdência. O economista comenta que as pessoas não irão mais conseguir se aposentar como antigamente e que a população está sendo obrigada a trabalhar além da idade limite de aposentadoria para suprir essa renda.


Em geral, quanto menos o trabalhador recebe, mais difícil é reservar a contribuição do INSS. Foto: O DIA

Outros investimentos

“Existem algumas formas alternativas de pensar na aposentadoria, como a Previdência Privada, investimentos como em fundos de Título do Tesouro, ações, renda fixa, entre outras. As pessoas devem buscar oportunidades de fazer boas aplicações, porque, dependendo de como seja, elas podem até conseguir se aposentar mais cedo, já que conseguiu fazer o capital render. A poupança, por exemplo, rende muito pouco ao longo do tempo. Então, quanto mais cedo começarmos, mais baratas ficam as contribuições”, destaca Fernando Galvão.

O economista lembra também que é comum as pessoas terem uma visão a curto prazo, quando o ideal seria a longo prazo. Ele destaca que a maioria da população se preocupa com as fontes de receitas e despesas atuais, mas esquecem de criar outro tipo de finanças, que é a renda extra, visando a aposentadoria.

Aplicações extras fazem os juros trabalhar a favor do investidor

O economista Fernando Galvão enfatiza que as pessoas autônomas devem se organizar financeiramente para não deixarem de contribuir com a Previdência Social. Ele comenta que nem todas as pessoas conseguem investir e fazer o dinheiro sobrar para investir a longo prazo e que a Reforma Previdenciária precisa levar em conta as pessoas que não têm renda complementar.

“Quando temos carteira assinada, há uma compensação compulsória, que tem um fluxo de salário e que já é descontado direto da folha; então, ela só precisa complementar a renda para que, no futuro, gere mais rendimento na idade idosa. Diferente do fluxo de caixa do autônomo, que é diário. Quando ele não vai trabalhar, está deixando de ganhar dinheiro. Por isso, é preciso uma gestão mais cuidadosa, dele retirar uma parcela pensando na previdência, assim, ele vai gerenciar melhor sua renda e quanto vai destinar do fluxo de caixa para a aposentadoria, para não ter 70 anos de idade e precisar continuar trabalhando”, acrescenta.

Sobre as opções de investimento, o economista Fernando Galvão ressalta que os juros compostos (que são os juros sobre juros) trabalham contra as pessoas e, quando são feitas aplicações extras, estes juros compostos tendem a trabalhar a nosso favor, gerando retorno ao longo do tempo.

“Os bancos convencionais estão zerando as taxas e corretagem sobre os títulos de tesouro direito, então é bom conversar com o gerente e ver o que está disponível. Mas também é importante fazer a assinatura de plataformas de conteúdo financeiro, que tem conteúdo onde a pessoas estuda como aplicar o dinheiro e fazer render. É tudo muito simples e a ideia é que a própria pessoa consiga fazer esse controle do seu dinheiro, sem a ajuda de um profissional”, finaliza o economista.

Por: Isabela Lopes
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