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Instabilidade do preço dos alimentos incomoda clientes

Excesso de chuva e necessidade de importar a produção de outros estados impactam o preço dos alimentos,

21/02/2018 10:53

Os alimentos foram os principais responsáveis pela contenção da inflação em 2017. No entanto, neste início de ano, os produtos apresentam uma relativa instabilidade de preços, provocada por fatores como o impacto das chuvas na produção e questões estruturais do Estado.

O padeiro Evaldo Santos, que sempre vai até o Mercado Central de Teresina comprar frutas e verduras, reclama dos preços praticados. “Dizem que os preços estão baixando, mas a gente não vê. Se você não pechinchar, não encontra um bom valor”, diz. Já o feirante Edmilson Feitosa assegura que os preços estão em constante oscilação. “É muito variável, tem dia que está barato, tem dia que está caro. Não percebemos muita alteração nos preços”, comenta.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

Elias Alves Barbosa, inspetor de Estatística e Informação da Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro), afirma que os preços estão bastante instá- veis neste início de ano, mas a variação não teria impactado a inflação.


Alguns tipos de feijão apresentaram queda de preço no período (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

“Na verdade, o ritmo de preço dos alimentos sofreu pequenas alterações, mas não o suficiente para impactar significativamente a inflação do mês de janeiro. O índice desse mês vai ser mais impactado pelo reajuste em alguns serviços, como combustíveis e transporte público”, explica Elias.

Os alimentos que apresentaram maior variação de preços, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o tomate (45,71%) e a cebola (7,98%). No Piauí, esses reajustes são motivados pelas chuvas que, em excesso, atrapalham a produção de tomate, principalmente do pequeno produtor, e pela necessidade de importação da produção de outros estados.

“O tomate é a questão sazonal, é uma cultura que não se adapta a muita chuva. Então, sempre que você tem uma intensidade das chuvas, a qualidade do tomate cai e o preço sobe. Quando tratamos de produtos que vêm de outras localidades, está incluso no valor uma série de outras variáveis como transporte, influenciando diretamente no valor final”, esclarece o inspetor da Cepro.

Queda de preço

Ainda segundo o IBGE, alguns alimentos apresentaram queda de preço nesse início de ano, como alguns tipos de feijão, como o fradinho (-3,94%) e o carioca (-3,32%), além do alho (-3,31%).

Por: Breno Cavalcante - Jornal O Dia
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