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Indicador de emprego da FGV recua 2,4 pontos em junho com incerteza política

O resultado representa a segunda queda consecutiva, sinalizando desaceleração no ritmo de recuperação do mercado de trabalho.

06/07/2017 09:38

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 2,4 pontos em junho ante maio, para 96,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado representa a segunda queda consecutiva, sinalizando desaceleração no ritmo de recuperação do mercado de trabalho.

“O recuo do índice antecedente de emprego mostra que o aumento da incerteza na economia está reduzindo as expectativas quanto à contratação futura, como pode ser visto na queda do ímpeto de contratação nos próximos três meses pela indústria. O elevado nível do índice, no entanto, ainda reflete otimismo quanto ao futuro”, ponderou Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 0,7 ponto em junho ante maio, para 96,6 pontos. No ano, o indicador acumula uma queda de 7,0 pontos.

“O recuo do ICD ocorre de forma consistente com os recuos recentes da taxa de desemprego, indicando que o mercado de trabalho teria passado pelo fundo do poço. Obviamente, uma possível perda da governabilidade por parte do governo pode reverter esta tendência”, completou Barbosa Filho.

O ICD é composto a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

No IAEmp, cinco dos sete componentes tiveram redução em junho. A maior contribuição para o resultado geral foi do indicador que retrata o ímpeto de contratações na indústria nos três meses seguintes, com recuo de 10,3 pontos em relação a maio.

No ICD, as classes de renda que mais contribuíram para a queda de junho foram as duas mais baixas: consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00, com redução de 3,6 pontos, e na faixa entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00 mensais, com diminuição de 2,4 pontos.

Fonte: Isto É
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