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Bolsa acompanha exterior e tem 2º dia de baixa por realização de lucros

O dólar comercial subiu 0,44%, para R$ 3,180. O dólar à vista avançou 0,37%, para R$ 3,181.

30/01/2018 18:24

A Bolsa brasileira terminou em terreno negativo nesta terça-feira (30), pela segunda sessão seguida, acompanhando o movimento externo de realização de lucros e com uma leve redução do fluxo de entrada de estrangeiros no mercado doméstico. O dólar subiu para R$ 3,18.

O Ibovespa, das ações mais negociadas, fechou em queda de 0,25%, para 84.482 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 9,83 bilhões, enquanto o giro médio diário de janeiro está em R$ 10,05 bilhões.

O dólar comercial subiu 0,44%, para R$ 3,180. O dólar à vista avançou 0,37%, para R$ 3,181.

A sessão foi de realização de lucros no exterior, o que acabou arrastando a Bolsa brasileira. Na Europa, os principais indicadores fecharam em baixa: Londres recuou 1,09%; Paris caiu 0,87% e Frankfurt (Alemanha) teve queda de 0,95%. Os indicadores americanos também se desvalorizaram nesta sessão. Às 18h38, o Dow Jones caía 1,13%. O S&P 500 tinha baixa de 1% e o índice da Bolsa Nasdaq perdia 0,68%.

Para Marco Tulli, gestor da mesa de operações da corretora Coinvalores, o movimento de realização era esperado no Brasil. "Estou um pouco mais pessimista. O mercado precisava cair mesmo, ainda vejo espaço para recuar para 83 mil pontos", afirma.

"Vi um movimento comprador no mercado de dólar, de banco que faz gestão e intermediação para estrangeiros. Não vejo uma interrupção do fluxo de estrangeiros, mas sim uma diminuição. Isso pode fazer com que o mercado dê uma realizada", ressaltou.

Para esse investidor, faz sentido embolsar os lucros agora, diz. "O dólar médio estava mais alto, então o ganho é maior", ressalta.

Aqui, o mercado acompanha de perto os desdobramentos da confirmação, pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"As eleições vão ser o foco daqui para a frente. Acho que o maior peso é a sucessão eleitoral. Você tem o presidente Michel Temer querendo sair, o [apresentador Luciano] Huck, o [ministro da Fazenda, Henrique] Meirelles, o [governador de São Paulo, Geraldo] Alckmin crescendo ou não nas pesquisas. E o próprio Lula querendo disputar. Isso não é visto com bons olhos", ressalta.

AÇÕES

Dos 64 papéis que compõem o Ibovespa, 35 caíram e 29 subiram.

As ações da Qualicorp lideraram as baixas, com recuo de 3,95%. A Cosan caiu 2,78% e o Pão de Açúcar teve queda de 2,62%.

No positivo, as ações da Suzano subiram 2,88%. O Fleury teve avanço de 2,41%, e a Fibria se valorizou 2,02%.

A empresa, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, registrou lucro líquido de R$ 280 milhões no quarto trimestre de 2017. No mesmo período do ano anterior, havia tido prejuízo de R$ 92 milhões, afetada pela queda nos preços da commodity e pela desvalorização do dólar.

As ações da Petrobras fecharam em baixa de cerca de 2%, acompanhando a desvalorização do petróleo no exterior. A commodity teve queda impactada pelo fortalecimento do dólar, que pressiona ativos de risco, como ações, e pelo aumento de produção nos Estados Unidos, que jogou as cotações para abaixo dos US$ 69 por barril pela primeira vez em seis dias.

Os papéis preferenciais da estatal caíram 1,81%, para R$ 19,49. As ações ordinárias fecharam em baixa de 2,44%, para R$ 21,18.

As ações ordinárias da mineradora Vale recuaram 1%, para R$ 41,47, em meio à desvalorização dos preços do minério de ferro.

No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco recuaram 0,39%. Os papéis preferenciais do Bradesco subiram 1%, e os ordinários tiveram alta de 0,52%. O Banco do Brasil se desvalorizou 0,39%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil caíram 0,20%. O banco divulga ainda nesta terça o resultado do quarto trimestre do ano passado.

CÂMBIO

O dólar ganhou força ante 18 das 31 principais divisas do mundo.

A alta ocorre no primeiro dos dois dias da reunião de política monetária do banco central americano, que termina nesta quarta (31). A expectativa é que o Fed (Federal Reserve) mantenha a taxa de juros na faixa entre 1,25% e 1,5%.

O CDS (Credit Default Swap, termômetro de risco-país) do Brasil fechou em alta de 0,47%, para 145,6 pontos, no segundo dia de alta.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam com resultados mistos. O DI para abril de 2018 recuou de 6,680% para 6,673%. O DI para janeiro de 2019 teve alta de 6,785% para 6,815%.

Fonte: Folhapress
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