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Arábia Saudita e Rússia vencem, e produção de petróleo será aumentada

É o primeiro resultado da aliança russo-saudita selada após a visita do príncipe herdeiro do reino, Mohammed bin Salman, ao presidente Vladimir Putin na abertura da Copa.

23/06/2018 10:55

Sauditas e russos obtiveram uma vitória importante nesta sexta-feira (22) na sua disputa para controlar o mercado mundial de petróleo. A Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) reuniu-se em Viena e concordou em aumentar a produção diária da commodity em cerca de um milhão de barris.

A medida era uma demanda da Arábia Saudita, maior produtor do grupo, e da Rússia, que não o integra mas é a terceira no ranking mundial de extração de petróleo. Há dúvidas se a meta é alcançável plenamente, contudo. "Temos consenso. Acho que contribuiremos de maneira significativa para satisfazer a demanda suplementar que prevemos para a segunda metade do ano", disse a agências de notícias Khaled al-Fali, o ministro saudita da Energia.

É o primeiro resultado da aliança russo-saudita selada após a visita do príncipe herdeiro do reino, Mohammed bin Salman, ao presidente Vladimir Putin na abertura da Copa.

Foto: kremlin

O objetivo comum é manter pulso sobre o preço do produto e se contrapor a movimentos dos EUA, que neste ano deverão se consolidar como o maior produtor mundial, embora consumam quase tudo o que extraem.

O presidente Donald Trump, em seu estilo habitual, cantou vitória no Twitter. "Espero que a Opep aumente substancialmente a produção. É preciso manter os preços baixos!".

Na prática, contudo, a ação da Opep liderada pelo condomínio Moscou-Riad limita em um primeiro momento quaisquer reações americanas. O preço do barril de petróleo subiu levemente após o anúncio, flutuando na casa dos US$ 74. Esse é o nível desejado por russos e sauditas, que em 2017 haviam liderado um movimento para o corte da produção mundial da commodity.

A queda no preço foi consequência do aumento brutal da produção americana, baseada na tecnologia ainda sob suspeitas de viabilidade do faturamento hidráulico de reservas de xisto.

Fonte: Folhapress
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