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Altos preços e inflação marcaram as contas dos brasileiros em 2017

Gás de cozinha, gasolina, água, energia elétrica, plano de saúde e remédios são produtos que subiram de preço.

26/12/2017 06:40

Durante o ano de 2017, o país passou por diversos ajustes nos preços de produtos e serviços. O gás de cozinha, gasolina, água, energia elétrica, plano de saúde e remédios são prestabilidades utilizadas pelos brasileiros que tiveram alterações constantes no valor. Com os preços elevados, e a incerteza no ajuste na quantia do salário mínimo, muitos brasileiros tiveram dificuldades em fechar a conta este ano. Esse é o caso de uma típica família piauiense: os da Silva.

Manoel Messias Nunes da Silva, 44 anos, tem quatro filhos e uma esposa dona de casa. Ele trabalha em construção civil, precisa do carro pra levar os materiais para as obras. De segunda a sexta, Manoel faz oito voltas com o veículo, no mínimo, entre a casa e o trabalho.

Manoel conta que, durante o ano todo, evitou sair de casa à noite, a não ser que fosse “caso urgente”. Em uma contabilidade própria, Manoel gasta por volta de 100 reais por dia com gasolina no carro. Na última sexta feira, a gasolina subiu, novamente, de preço. A Petrobras anunciou novo reajuste de 1,1% no valor do produto.


Combustível teve sucessíveis reajustes desde agosto (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

Enquanto Manoel trabalha no carro, Maria do Carmo, esposa, prepara o almoço. Enquanto corta os legumes, o frango ferve na panela que está no fogão. Maria prepara almoço pra ela, marido, filhos e trabalhadores contratados por Manoel. Em um calendário, ela marca com um “x” a cada dia que pede um gás de cozinha novo.

Em 2017, as datas estão mais próximas. Desde agosto, o preço do gás de cozinha sofre aumento todos os meses. No dia 04 de dezembro, a Petrobras anunciou mais um reajuste de 8,9%. É o sexto aumento consecutivo só este ano. Em Teresina, o botijão de gás chegou à marca de R$ 70 reais.

Enquanto Maria cozinha, o filho toma banho no cômodo ao lado. Victor Manoel, 15 anos, demora o mínimo possível no chuveiro. Desde agosto, a conta de água está 2,9% mais cara. No dia 23 de novembro, novo pedido de reajuste foi solicitado pela empresa Águas de Teresina à Agência Municipal de Serviços Públicos de Teresina (Arsete). A solicitação é de aumento da fatura de 2,9% para 4,9%, que pode valer a partir do dia 01 de janeiro de 2018.


Foto: Andrê Nascimento (Arquivo O Dia)

Enquanto Victor toma banho, Michelly, 23 anos, arruma o cabelo no quarto. Com o aparelho eletrônico para secar os cabelos, ela faz os últimos acabamentos nos fios de cabelo. Michelly demora o mínimo possível no aparelho. Um secador de cabelo usado por 15 minutos gasta 15kWh por mês, chegando a custar R$ 5,52 por mês.

O custo de todos os aparelhos ligados à energia elétrica na tarifa mensal, também sofreram modificações no seu valor. Desde setembro, a conta do piauiense está 27% mais cara. O aumento foi homologado pela Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica.

Quando Manoel finalmente chega em casa, a noite, reclama da quantidade de lâmpadas acesas em casa. Em decorrência das dores nas costas em Manuel por conta do trabalho, da dor de cabeça de Maria de tanto limpar a casa, remédios não podem faltar. Desde abril, os remédios custam 12,5% a mais em relação ao ano anterior. Para 2018, as noticias aliviam, o reajuste tem previsão de 2,8% no preço do produto, o menor em mais de uma década.

No início de 2017, pela quinta vez consecutiva, os planos de saúde registram queda no número de beneficiários. A queda equivale a 192,2 mil, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Entre esses dados, a família Silva está incluída. Desde 2016 o casal não paga o serviço complementar de saúde devido ao aumento dos preços e a dificuldade em fechar a conta.

Por: Gabrielle Alcântara - Jornal O Dia
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