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Analista da seleção admite que tática da Bélgica surpreendeu comissão

Contra o Brasil, a Bélgica utilizou De Bruyne, que até então vinha jogando como segundo volante à frente de uma linha de três zagueiros, como falso nove.

17/07/2018 14:00

Analista de desempenho da seleção brasileira, Thomas Koerich admitiu nesta segunda-feira (16) que o posicionamento dos jogadores da Bélgica pegou a comissão técnica de Tite de surpresa nas quartas de final da Copa do Mundo. Além disso, deu a entender que a entrada de Roberto Firmino no time titular foi cogitada e dividiu opiniões entre os profissionais que foram à Rússia.

Analista da seleção admite que tática da Bélgica surpreendeu comissão. (Foto: Divulgação/FIFA)

Contra o Brasil, a Bélgica utilizou De Bruyne, que até então vinha jogando como segundo volante à frente de uma linha de três zagueiros, como falso nove. Com isso, o centroavante Romelu Lukaku foi deslocado para a ponta direita para aproveitar os espaços deixados pelas subidas de Marcelo.

"A gente tem uma ideia de jogo muito bem definida, e quando nós atacamos, nós utilizamos a nomenclatura do 'ataca marcando'. Então, enquanto estão os seis jogadores participando do ataque, os outros quatro, que geralmente são os dois zagueiros, o lateral do lado oposto e mais o primeiro volante, eles estão posicionados já marcando, encurtando o campo e marcando o adversário para justamente não ser surpreendido no contra-ataque", afirmou em entrevista à rádio CBN Diário, de Santa Catarina.

"Então, lógico que o adversário também nos estuda e arruma uma estratégia para tentar nos surpreender. A Bélgica começou já assim o jogo, com o De Bruyne já sendo um falso centroavante, com o Lukaku aberto explorando o lado do Marcelo que é nosso lado que mais ataca", complementou Koerich.

Durante a resposta, o analista de desempenho, quando perguntado se o Brasil esperava aquele posicionamento do ataque belga, respondeu "não".

Além disso, Koerich deu a entender que uma mudança na seleção brasileira foi cogitada antes das oitavas de final da Copa e dividiu a comissão técnica, mas o treinador Tite resolveu bancar o titular.

"Houve bastante discussão. Até em uma das discussões, um fato interessante. Nós levamos dois dias para tomar uma decisão, depois a decisão foi tomada em campo em um treinamento. Nós estávamos reunidos no campo. Foi a partir da primeira fase, ali. No final da primeira fase, início do mata-mata. E aí, ele tomou a decisão. Nós chegamos à conclusão de que teria que ser uma decisão do técnico. A comissão não tinha conseguido chegar a um consenso, e aí a decisão é técnica, do treinador. Todas as decisões ali são tomadas em conjunto. Essa foi uma das únicas decisões que eu me lembro que precisou de uma discussão", declarou o analista de desempenho.

Koerich não quis dizer quem seria o jogador que sairia, mas afirmou que Firmino era opção tanto para a vaga de Gabriel Jesus quanto para o lugar de Willian por estar "pedindo passagem". Porém, os dois foram mantidos no time titular em toda a competição.

Tite mudou a equipe titular apenas por lesão (casos dos laterais direito e esquerdo) e por suspensão automática (caso do volante Casemiro nas quartas de final).

Fonte: Folhapress
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