Siglas pequenas chegam ao 2º turno e podem eleger governadores
Apesar de ter perdido espaço, os maiores partidos também estão competitivos no segundo turno. Caso saia vitorioso no pleito de 28 de outubro, o PSDB, por exemplo, pode ser a legenda com o maior número de governadores.
10/10/2018 10:49h
As eleições para os governos estaduais surpreenderam as pesquisas de intenções de voto – desbancando partidos tradicionais e colocando legendas menores no páreo no segundo turno. Estreantes tiveram sucesso entre os eleitores com discurso de combate à corrupção e redução das despesas públicas. É o caso do PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, com chances no segundo turno de eleger três governadores, o que seria um feito histórico da sigla.
Apesar de ter perdido espaço, os maiores partidos também estão competitivos no segundo turno. Caso saia vitorioso no pleito de 28 de outubro, o PSDB, por exemplo, pode ser a legenda com o maior número de governadores - seis no total, posto atualmente ocupado pelo PT, conforme os resultados desse domingo (7).
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Veja a seguir a situação dos partidos no segundo turno para os governo estaduais:
PSL
Os candidatos da partido concorrem aos governos de Rondônia, Roraima e Santa Catarina e apresentam patentes militares nos nomes de disputa. É o caso de Comandante Moisés, coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, que disputará o governo catarinense com Gelson Merísio (PSD). E o Coronel Marcos Rocha, que vai concorrer em Rondônia contra o tucano Expedito Júnior. Ele saiu de quarto colocado nas últimas pesquisas eleitorais para segundo lugar.
Em Roraima, o empresário do setor agropecuário Antonio Denarium concorre pela primeira vez a um cargo eletivo contra o tucano José Anchieta.
PSC
Juiz e ex-fuzileiro naval, o candidato ao governo do Rio Wilson Witzel (PSC) também terminou em primeiro lugar após apresentar crescimento nos últimos dias impulsionado por falas em defesa de Bolsonaro. Com a rápida subida, ele e Eduardo Paes (DEM) desbancaram a candidatura de Romário (Podemos), que iniciou a campanha liderando as intenções de voto.
PSDB
Dos 12 candidatos tucanos que disputavam governos estaduais nas cinco regiões, seis conseguiram votos suficientes para seguir para o segundo turno. A sigla não elegeu governador no primeiro turno.
O partido disputa os governos de dois dos maiores colégios eleitorais: Minas Gerais e São Paulo. O ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) vai concorrer com Romeu Zema (Novo), que ficou em primeiro lugar na preferência dos mineiros. Até domingo, a expectativa era de que o tucano concorresse contra o atual governador, Fernando Pimentel (PT).
João Dória disputará o governo de São Paulo com o atual governador Márcio França (PSB). Na véspera do primeiro turno, quem estava em segundo lugar era o emedebista Paulo Skaf. Essa foi outra surpresa que saiu das urnas.
Além de Minas e São Paulo, os tucanos disputam no Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Sul e Roraima.
Há quatro anos, o partido garantiu vitória em cinco unidades da Federação.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
PCdoB
Ao reeleger Flávio Dino, no Maranhão, a legenda mantém a mesma marca de um governador, alcançada pela primeira vez nas eleições anteriores, em 2014. Dino derrotou mais uma vez o clã Sarney, representado desta vez pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB).
PSB
Ainda se recompondo politicamente após a morte de Eduardo Campos, o PSB também conseguiu eleger três governadores – Espírito Santo, Pernambuco e Paraíba -, mantendo o desempenho de 2014. O número pode mais que dobrar a depender do resultado do segundo turno, quando irá concorrer em São Paulo, Sergipe, Amapá e Distrito Federal.
DEM
Já o DEM, que não conseguiu eleger nenhum candidato a governador nas últimas eleições, voltou a ganhar corpo recentemente, após o impeachment de Dilma Rousseff e a eleição do deputado Rodrigo Maia (RJ) para a Presidência da Câmara. A sigla já tem dois governos garantidos (Ronaldo Caiado, em Goiás, e Mauro Mendes, no Mato Grosso), e concorre em mais dois estados (Pará e Rio de Janeiro).
MDB
No primeiro turno, o MDB conseguiu eleger apenas um governador, Renan Filho, em Alagoas. No segundo turno, está na disputa no Distrito Federal, Rio Grande do Sul e no Pará. Outra surpresa, Ibaneis Rocha vai brigar pela preferência do eleitorado do DF contra o atual governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), que estava empatado tecnicamente com outros dois concorrentes.
Fonte: Agência Brasil