A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou apoio nesta terça-feira (16) a testes com mosquitos geneticamente modificados e com uma bactéria que infecta insetos como possíveis armas importantes para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de zika, dengue, chikungunya e febre amarela.
"Diante da magnitude da crise de zika, a OMS encoraja os países afetados e seus parceiros a aumentar o uso tanto de antigas como de novas formas de controle de mosquito como a mais imediata linha de defesa", disse a OMS em comunicado.
Aedes Aegypti (Foto: Divulgação)
A entidade também destacou o potencial da liberação no ambiente de mosquitos machos estéreis por irradiação. Para proteger reservatórios de água, a OMS ainda mencionou o uso de peixes que se alimentam da larva do Aedes aegypti como uma boa alternativa.
Apesar de estimular as novas tecnologias no combate ao mosquito, a OMS ressalta a importância de continuidade dos métodos tradicionais de combate ao inseto.
Na visão dos especialistas, ações como essa, aliadas à aplicação direcionada de inseticidas, foi o que praticamente eliminou epidemias de dengue e febre amarela entre os anos 1940 e 1960.
A OMS considera a ressurgência da dengue, junto da chikungunya e da zika, a consequência de décadas de relaxamento nas medidas de contenção, aliada a um crescimento urbano e rural desordenado em muitas regiões da América Latina, dificultando o combate a focos de procriação do inseto. "Comparada com a situação há 50 anos, a incidência global de dengue se multiplicou por 30", diz o novo documento.
"Para mosquitos geneticamente modificados, o grupo de aconselhamento da OMS recomendou mais testes de campo e avaliação de risco para averiguar o impacto dessa nova tecnologia na transmissão de doenças", disse o relatório.
O documento não menciona testes já feitos em Juazeiro (BA) e em Piracicaba (SP), onde a técnica conseguiu reduzir a população de mosquitos em mais de 80%.
Fonte: Bem Estar - G1