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Normas e equipamentos de segurança reduzem chances de acidentes

Especialista destaca que investimento nesses quesitos, além de tornar o ambiente de trabalho um local mais seguro, também permite à empresa uma série de benefícios

01/05/2018 09:12

A construção civil é a responsável pelo maior número de acidentes no ambiente de trabalho no Piauí. Somente no primeiro trimestre de 2018, foram quatro mortes, sendo duas delas causadas por queda em altura em alguma obra. É o que aponta o levantamento da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado (SRTE/PI). Mas esses episódios poderiam ser evitados se os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e as normas de segurança fossem obedecidos pelas empresas e trabalhadores.

“As normas regulamentadoras definem medidas que podem ser aplicadas no ambiente de trabalho para evitar os acidentes. Nós temos o mau costume de pensar que somente os EPIs evitam isso, mas as próprias normas falam isso, que existe uma ordem de prioridade para ser usada e evitar os acidentes, essa ordem é composta por três componentes e o EPI é o último na ordem”, explica Giovanni Bruno, professor do curso de Segurança no Trabalho do Instituto Federal do Piauí (Ifpi).

Foto: Assis Fernandes/ODIA

Pela ordem, o primeiro requisito a ser cumprido para evitar acidentes são as ordens gerais ou proteção coletiva, que buscam eliminar os riscos de acidentes no ambiente de trabalho. As medidas de ordem administrativa, como exames e documentos, também norteiam os quesitos de segurança na gestão de segurança do ambiente de trabalho. E por último é que vêm os EPIs, usados quando as duas medidas anteriores não conseguem sanar por completo o risco. “É importante que se diga isso, o EPI não evita o acidente, ele evita uma possível lesão”, ressalta Giovanni.

Além de obrigatórios, os EPIs são de extrema importância e fundamentais para a segurança no ambiente de trabalho, principalmente em canteiros de obras, onde o risco de acidentes é ainda maior. Por isso, tanto os trabalhadores quanto as empresas devem ficar atentos ao seu uso. “Às vezes, o empregado tem um pouco de relutância e receio de usar esse equipamento por ser desconfortável, mas a importância dele é proteger, e ele faz isso muito bem. Ele tem que ser usado e as empresas têm que obrigar e fiscalizar o uso desses equipamentos”, declara o professor.

Para Giovanni Bruno, além de tornar o ambiente de trabalho um local mais seguro, o investimento em uma infraestrutura de segurança aos seus funcionários permite à empresa uma série de benefícios. “Na verdade, se deixa de gastar mais quando se investe em segurança. Os tributos que são pagos aos órgãos, quanto mais se investe, menos se paga na alíquota; e quanto mais acidentes ocorrem, mais ela terá que gastar durante o ano”, argumenta.

Edição: Virgiane Passos
Por: Breno Cavalcante
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