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Justiça recolhe passaporte de homem que atropelou pessoas no Rio

O acidente ocorreu na av. Atlântica, altura da rua Figueiredo Magalhães, entre os postos 2 e 3 da orla. O carro de Anaquim subiu na ciclovia, atravessou o calçadão e só parou na areia

31/01/2018 08:40

A Justiça do Rio determinou nesta terça-feira (30) o recolhimento do passaporte de Antônio Almeida Anaquim, 41, que atropelou 18 pessoas e provocou a morte de um bebê de oito meses, na praia de Copacabana, no último dia 18. A decisão atende ao pedido da Polícia Civil, que afirma que ele tinha a intenção de deixar o país. As informações são da Agência Brasil.

O delegado titular da 12ª DP, Gabriel Ferrando, responsável pelas investigações, disse "que não será admitida qualquer conduta que possa colocar em risco o resultado das investigações, bem como impactar a ordem pública, com eventual sensação de impunidade, diante da notícia de uma possível saída do investigado do território nacional".

Anaquim terá 24 horas, a partir do recebimento da intimação, para entregar o passaporte no 12º DP. O delegado afirmou ao "RJ2", da TV Globo, que já fez um contato informal com o advogado de Anaquim, que teria confirmado que entregará o documento nesta quarta-feira (31).

O acidente ocorreu na av. Atlântica, altura da rua Figueiredo Magalhães, entre os postos 2 e 3 da orla. O carro de Anaquim subiu na ciclovia, atravessou o calçadão e só parou na areia. Devido ao forte calor do verão do Rio e a proximidade do Carnaval, a praia de Copacabana estava cheia mesmo a noite.

Anaquim alegou ter sofrido um apagão provocado por um ataque de epilepsia, apesar de ter omitido o problema de saúde ao tirar a carteira de habilitação . A mulher que estava com ele no carro na hora do acidente afirmou que ele sofreu "um apagão" e ficou "enrijecido" segundos antes de invadir o calçadão.

O motorista também estava com a habilitação suspensa no momento do acidente. O Detran havia aberto processo de suspensão em maio de 2014, mas Anaquim não cumpriu com a exigência de devolução da carteira para realizar o curso de reciclagem. O processo só foi concluído em fevereiro de 2017. Neste período, ele renovou a CNH e mentiu para órgão.

Os pais da menina Maria Louise, que morreu em decorrência do acidente, afirmaram após o episódio que vão processar Anaquim. O advogado da família, Carlos Alberto do Nascimento, disse na semana passada que eles estão muito abalados e não têm condição de trabalhar. Por isso, ele vai pedir uma indenização na Justiça. O valor ainda não tinha sido calculado.

Fonte: Folhapress
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