O lÃder do Governo na Assembleia, deputado João de Deus (PT), rebateu as crÃticas da oposição sobre a falta de ações concretas do Governo no setor penitenciário do Estado, como a falta de recuperação do presÃdio de Esperantina, onde houve uma rebelião. Ele rebateu também acusações do deputado Robert Rios (PDT), que leu uma relação de gastos do governo com alimentação e aluguel de aeronaves.  João de Deus justificou a despesa criticada pelo colega da oposição no fato de que o governo recebe autoridades e está amparado por lei a levá-las para conhecer a gastronomia da capital. Para ele, a oposição critica o atual governo e silencia sobre outros gestores. Diante disso, ele sugeriu uma discussão sobre a lei que ampara tais gastos, para que a mesma possa ser modificada. “Se é para ser contra tem que ser para todo mundo. No Governo passado tinha licitação até para compra de chiclete Trident. Concordo que essa lei precisa passar por uma adequação.Â
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“Não que esteja admitindo que isso está acontecendo, mas já vi despesas com toneladas de camarão, compra de lagosta, caixas de chicletes... acho que a lei precisa passar por uma adequação para evitar os excessos. É preciso coerência. Eu não posso ser contra esse governo e ser a favor daquele. Esse não pode, mas aquele pode tudo. Não. Isso seria oportunismoâ€, reclamou o oradorâ€, defendeu.Â
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Sobre o sistema penitenciário, que foi o ponto mais criticado por três deputados da oposição, Robert Rios (PDT), Marden Meneses e Luciano Nunes (PSDB), o lÃder do governo disse que o Estado não fez tudo o que precisava ser feito, mas tem realizado obras importantes, como a Casa de Detenção em Campo Maior, com capacidade para 160 vagas, a Cadeia Pública de Antos, com capacidade para 600 vagas e a Central de Triagem de Teresina, bem como reforma na cadeia de Picos, com 12 novas celas e um presÃdio em Oeiras e a licitação para a compra de armas e equipamentos, no valor de R$ 5 milhões.
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João de Deus citou alguns números da atual gestão da Secretaria de Justiça, como a construção de duas novas unidades penais, que estão em andamento com 160 vagas na Casa de Detecção de Campo Maior e mais 600 vagas na. cadeia pública de Altos; a reforma e ampliação da penitenciária de Picos, com 12 novas celas construÃdas, passando 214 vagas. Ao todo, são 1.194 novas vagas no sistema carcerário do PiauÃ, que vão reduzir o déficit no sistema prisional. Além dos R$ 5 milhões para compra de e armas e equipamentos para a Sejus, para dar segurança e um tratamento digno aos presos e melhores condições de trabalho para os servidoresâ€.
Afirmando que a população do Piauà não tem dúvidas sobre o esforço do governador no tratamento juso aos detentos, João de Deus informou que o percentual de detentos de alta periculosidade é de apenas 5% e que o governador pensa em fazer uma classificação de tais detentos, uma vez que o custo de cada um é de R$ 3 mil por mês, sendo portanto necessária a ressocialização dos mesmos. O deputado citou outros dados que mostram o Piauà em vantagem sobre outros estados, como a classificação de quinto colocado nacional na geração de empregos e primeiro no Nordeste.
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O deputado Dr. Hélio (PR) disse em aparte que se sentia orgulhoso pelos dados fornecidos pelo colega João de Deus, apontando outros dados que colocam o Piauà em vantagem, como os da produção de energia solar e eólica. Além das medidas de combate à superlotação de presÃdios, Dr. Hélio destacou o fato de o Piauà pagar aos agentes penitenciários o mesmo valor pago aos de São Paulo.
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Outro aparteante foi o deputado AluÃsio Martins (PT), que fez uma breve comparação do Rio de Janeiro com o PiauÃ, em que, segundo ele, a diferença é que no Rio o governo estadual perdeu o comando. AloÃsio disse ser importante que o Piauà não tenha casos de desvios de recursos. O deputado Francis Lopes (PRTB) também ofereceu aparte, parabenizando o orador pelos dados oferecidos. Ele aproveitou para citar obras que estão sendo realizadas em SimplÃcio Mendes, uma galeria e a previsão de oito mil metros de calçamento.
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Raimundo Cazé - Edição: Katya D'AngellesÂ
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Fonte: Alepi Fonte: Alepi