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Intervenção militar no Rio de Janeiro preocupa deputados

Intervenção militar no Rio de Janeiro preocupa deputados

21/02/2018 14:15

 

Deputados estaduais do Piauí manifestaram preocupação com a intervenção federal no Rio de Janeiro, pelo fato de ser possível a migração de bandidos para os demais estados. A principal manifestação foi do deputado Robert Rios (PDT), que durante quase uma hora fez uso da tribuna, recebendo vários apartes. Ele indagou sobre qual seria a reação da Igreja e da OAB, se as forças da intervenção tiverem que abater pequenos traficantes.
Robert Rios disse ser a favor da intervenção, mas reconhece que todos os Estados sofrem as consequências da violência sem poder enfrentá-la, por falta de condições. Ele citou o Piauí como exemplo de falta de armamento para a polícia e até de viaturas e reajustes salariais. O deputado isentou de culpa as autoridades da Segurança Pública no Estado do Piauí.
Para Robert Rios, o que mais preocupa nessa intervenção é o fato de que o general que vai comandar a intervenção foi treinado para combater o inimigo externo. E ele interroga: o Exército vai exterminar os traficantes do Rio? Numa análise mais profunda ele disse ver os traficantes do Rio de Janeiro como pessoas que foram esquecidas pelo poder público na infância.
O deputado afirmou que nessa intervenção poderá haver mais mortes do que nos 20 anos de ditadura. Para ele, o crime organizado se prepara há 50 anos, liderando as comunidades nas favelas, mantendo os filhos dos favelados nas escolas, assim como investiram em muitas pessoas que hoje são juízes e advogados. Ele criticou o fato de que ainda hoje um policial precisa de autorização do Exército para comprar uma arma. Dessa forma, esse mesmo Exército tem a obrigação de combater o uso de armas pelos bandidos – salientou.
O deputado Dr. Pessoa (PSD) disse que teve o mesmo entendimento do colega Robert Rios, ao ser entrevistado pelo Portal gp1.Ele disse que a situação das forças da intervenção é parecida com a do médico, que é obrigado a operar o paciente, para que ele não morra. Ele considerou necessária a intervenção na Segurança do Rio de Janeiro.
O deputado João de Deus (PT) disse que conversou com especialistas nos últimos dias, e todos eles sustentaram que o crime organizado tem raízes fora do país e que o governo federal não fez o devido combate. Ele considerou que diante da intervenção no Rio os demais estados ficam “enxugando gelo”, enquanto os bandidos podem neles se esconderem. João de Deus concluiu seu aparte afirmando que a intervenção não passa de um paliativo.
Outro que ofereceu aparte foi o deputado Marden Menezes (PSDB, que apesar de ser a favor manifestou algumas preocupações. Ele citou o exemplo da Colômbia, que sofreu as consequências de uma disputa entre cartéis, o que forçou os Estados Unidos a interferirem. O Brasil poderia chegar à mesma situação? - Indagou. O deputado José Hamilton (PTB) também ofereceu aparte, manifestando sua preocupação de que o Exército saia desmoralizado do Rio de Janeiro. Mauro Tapety (PMDB) elogiou o orador pela sua preocupação com a intervenção, mas mostrou-se preocupado com a situação dos demais estados, citando o exemplo de sua cidade, Oeiras, antes muito pacata, mas que na semana passada teve dois assaltos a postos de gasolina.
Repórter: Raimundo Cazé.

Deputados estaduais do Piauí manifestaram enorme preocupação com a intervenção federal no Rio de Janeiro, pelo fato de ser possível a migração de bandidos para os demais estados. A principal manifestação foi do deputado Robert Rios (PDT), que durante quase uma hora na tribuna recebendo vários apartes. Rios indagou sobre qual seria a reação da Igreja e da OAB se as forças da intervenção tiverem que abater traficantes, principalmente os adolescentes arregimentados pelo tráfico.

Robert Rios disse ser a favor da intervenção, mas reconhece que todos os Estados sofrem as consequências da violência sem poder enfrentá-la, por falta de condições. Ele citou o Piauí como exemplo de falta de armamento para a polícia e até de viaturas e reajustes salariais. O deputado isentou de culpa as autoridades da Segurança Pública no Estado do Piauí.

Para Robert Rios, o que mais preocupa nessa intervenção é o fato de que o general que vai comandar a intervenção foi treinado para combater o inimigo externo. E ele interroga: o Exército vai exterminar os traficantes do Rio? Numa análise mais profunda ele disse ver os traficantes do Rio de Janeiro como pessoas que foram esquecidas pelo poder público na infância.

O deputado afirmou que nessa intervenção poderá haver mais mortes do que nos 20 anos de ditadura. Para ele, o crime organizado se prepara há 50 anos, liderando as comunidades nas favelas, mantendo os filhos dos favelados nas escolas, assim como investiram em muitas pessoas que hoje são juízes e advogados. Ele criticou o fato de que ainda hoje um policial precisa de autorização do Exército para comprar uma arma. Dessa forma, esse mesmo Exército tem a obrigação de combater o uso de armas pelos bandidos – salientou.

O deputado Dr. Pessoa (PSD) disse que teve o mesmo entendimento do colega Robert Rios, ao ser entrevistado pelo Portal gp1.Ele disse que a situação das forças da intervenção é parecida com a do médico, que é obrigado a operar o paciente, para que ele não morra. Ele considerou necessária a intervenção na Segurança do Rio de Janeiro.
O deputado João de Deus (PT) disse que conversou com especialistas nos últimos dias, e todos eles sustentaram que o crime organizado tem raízes fora do país e que o governo federal não fez o devido combate. Ele considerou que diante da intervenção no Rio os demais estados ficam “enxugando gelo”, enquanto os bandidos podem neles se esconderem. João de Deus concluiu seu aparte afirmando que a intervenção não passa de um paliativo.

Outro que ofereceu aparte foi o deputado Marden Menezes (PSDB, que apesar de ser a favor manifestou algumas preocupações. Ele citou o exemplo da Colômbia, que sofreu as consequências de uma disputa entre cartéis, o que forçou os Estados Unidos a interferirem. O Brasil poderia chegar à mesma situação? - Indagou. O deputado José Hamilton (PTB) também ofereceu aparte, manifestando sua preocupação de que o Exército saia desmoralizado do Rio de Janeiro. Mauro Tapety (PMDB) elogiou o orador pela sua preocupação com a intervenção, mas mostrou-se preocupado com a situação dos demais estados, citando o exemplo de sua cidade, Oeiras, antes muito pacata, mas que na semana passada teve dois assaltos a postos de gasolina.

Texto: Raimundo Cazé
Edição: Paulo Pincel


Fonte: Alepi Fonte: Alepi
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