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Casa popular é anunciada no Facebook por R$ 15 mil

Imóvel tem prestação de R$ 25,00 e fica no Conjunto Novo Tempo, em Timon.

20/05/2014 17:05

Uma moradia concedida pelo Governo Federal através do programa Minha Casa Minha Vida, no Conjunto Novo Tempo, em Timon, está sendo comercializada através do perfil no Facebook. O anúncio foi feito ontem e informa que o ágio (transferência) custa R$ 15 mil. Segundo a postagem, as parcelas referentes a três anos estariam pagas. Cada uma delas com valor mensal de R$ 25,00.

Fotos: Reprodução/Facebook

Em um dos comentários na postagem, uma pessoa sugeriu que negocia a casa em troca de um carro. Em outra, o interessado pergunta se o preço anunciado não pode ser menor, caso o pagamento seja feito à vista. No Facebook, o vendedor deixa contato de celular, que também é Whatsapp, com fotos ilustrando o modelo da casa.

O PortalODIA.com ligou para o número, passando-se por uma pessoa interessada na compra. O vendedor informou que a casa é da sua cunhada. Ela ainda estaria morando lá, mas decidiu vender porque conseguiu um emprego e não tem transporte para se deslocar todos os dias. �€œEla tem dois filhos e não sabe com quem deixá-los�€, disse o vendedor.

O empreendimento é destinado a famílias com renda de até R$ 1.395,00. Por ser um programa de moradia popular, as casas não poderiam ser alugadas, vendidas ou mesmo cedidas para outras pessoas.

Como a venda é irregular, a transferência do imóvel não pode ser feita. Por isso, o vendedor sugere que seja firmado um contrato de gaveta, que não possui nenhum valor legal. O financiamento permanece no nome da verdadeira proprietária.

As primeiras mil unidades do Conjunto Novo Tempo foram entregue no dia 15 de dezembro de 2011. As prestações do financiamento são equivalentes a 10% da renda familiar bruta do beneficiado, com prazo de pagamento de 10 anos.

Segundo o gerente geral da Caixa Econômica de Timon, Aurilan Lima Miranda, já houve boatos em relação à negociação de casas populares no município. Contudo, as denúncias devem ser formalizadas para que o banco tome as medidas cabíveis. �€œSempre que temos a informação formalizada, encaminhamos o caso para a superintendência da Caixa Econômica, em São Luís�€, informa o gerente.

Por se tratar de uma operação ilegal, o banco faz o pedido de retomada do imóvel. Tanto a pessoa que comprou, quanto a que vendeu, fica sem a moradia.

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