TRADIÇÃO, CULTURA E RENDA
Estaremos postando algumas formas utilizadas por moradores do municÃpio de Dom Expedito Lopes, para sobreviver, com tradição cultura, essas pessoas ganham o sustentos de suas famÃlias.
Iniciaremos com três formas de matéria prima tradicional da região: a Mandioca, a Cana-de-açúcar e o Buriti.
AVIAMENTO, CASA DE FARINHA
Mais uma fonte de renda tradicional e cultural em Dom Expedito Lopes, conhecido popularmente com desmancha ou farinhada.
Visitamos um aviamento na localidade Fava Preta que fica no municÃpio de Ipiranga - PI, adjacente de Dom Expedito Lopes, falamos com seu proprietário o senhor: Francisco Belo da Silva (Chico Pequeno), que falou que sua propriedade fica no municÃpio de Ipiranga, mas que beneficia mais a Dom Expedito Lopes, onde ele mora e contrato seus trabalhadores. Sua plantação é feita em 10 hectares só com mandiocas, que corresponde a 30 tarefas. Que beneficia a várias famÃlias, pois ele arrenda a terra pra oito rendeiros, dando a terra pronta, aradada e a semente no ponto, o rendeiro fica com a metade da renda produzida no aviamento, pois os não recebem salários, trabalham para sua própria renda. O aviamento trabalha com arrancas de mandioca que corresponde a 10 cargas de mandioca, rendendo três sacos de farinha e três sacos de gomas. No aviamento trabalha em torno de onze a doze pessoas, isso porque o senhor Chico pequeno modernizou quase todo processo por falta de mão de obra, ou seja, de pessoas para trabalhar. Seu Chico Pequeno lamenta por falta de apoio do governo, pois devido à falta das chuvas o movimento caiu muito, o normal é fazer noventa arrancas durante o ano, mas nesse ano só fará trinta, muito prejuÃzo na agricultura local, lamenta dizendo que o governo federal esteve comprando farinha e ele sendo dono da roça não pode vender sua farinha, "eu ajudo a manter a vida de oito famÃlias" e nem minha farinha posso vender pra o governo, se eu parar de produzir como fica essa famÃlias de meus rendeiros, preciso ajeitar as cercas da minha roça e nem o empréstimo de doze mil que ta saindo eu não posso tirar, isso porque minha esposa é professora, ora o salário é dela eu não tenho salário vivo de meu suor, ora vou vender alguns animais pra fazer a correção de minhas cercas. Gostaria que pelo menos a prefeitura fizesse uma pareceria comprando nossos produtos, assim facilitaria a vida minha e dessas oitos famÃlias
CHICO PEQUENO
RASPADEIRAS DE MANDIOCA
RASPADEIRA EM AÇÃO
PRENSEIRO, PRENSANDO MASSA
LAVANDO MASSA NA MÃQUINA
GOMA FRESCA, SECANDO
FORNO ELÉTRICO, TORRANDO MASSA
FORNEIRO, FAZENDO O TRADICIONAL BEJU DE FORNO
ENGENHO DE CANA DE AÇUCAR
Engenho a moda antiga, mas de qualidades aprovadas
No povoado Dois Buritis na zona rural de Dom Expedito Lopes, encontramos um engenho moendo cana de forma tradicional e cultural, pois é movido por tração animal, a famosa junta de bois, são dois bois encangados um no outro puxando a Manjarra, um dos lados do engenho, fazendo movimentos circulares enquanto o operador coloca as canas para moerem. Segundo o proprietário o senhor João Mariano da Rocha (João Neto), são empregados, aproximadamente 12 pessoas, dês de o plantio da cana e produção no engenho.
Nesse perÃodo de moagem atrai vários turistas e compradores dos derivados da cana de açúcar produzidos pelo engenho. Vem pessoas de todos os bairros aqui da cidade de Teresina e vários estados, todo ano vem pessoas que moram em São Paulo, visitar nossa cidade nesse perÃodo, só para aproveitar a garapa na cuia. Falou seu João Neto.
Alem da rapadura, também é produzida o mel, a batida e a garapa ( caldo de cana), alem de serem vendidas as rapaduras no próprio engenho, ainda as que ficam são levadas para venderem nas feiras por todo estado. O perÃodo de moagem normal é de 40 dias, porem com o fracasso do inverno esse ano talvez chegue a 25 dias seu João Neto lamenta a falta de incentivo por partes dos governantes. _antes a prefeitura comprava os produtos do engenho e pagava bem, mas isso ficou no passado, não existe mais nenhum incentivo, por isso quando o inverno é fraco só produzimos para manter a tradição, mas lucro que é bom fica bem pouquinho. Disse seu João Neto.
É contagiante a alegria e animação entre todos no engenho, no momento da nossa visita encontramos com varias pessoas de vários lugares como: Bocaina e São Paulo, e claro que também saboreamos a famosa garapa na cuia.
ENGENHO
MOVIMENTO INTENSO
DONA MARIA DE EUCLIDES DA CIDADE E SEU NETO DE SÃO PAULO
TACHOS FERVENTES
JUNTA DE BOIS RODANDO ENGENHO
RAPADURAS
ADIMAEL E ZÉ FÉLIX, VISITANTES DO MUNICÃPIO DE BOCAÃNA
GARAPA NA CUIA
SEU JOÃO NETO
FÃBRICA DE DOCE DE BURITÃ
Buriti Palmeira nativa dessa região que fornece emprego e renda.Visitamos a fábrica de doces boa vista localizada na localidade no Alto da Boa Vista (Os Pequis) em Dom Expedito Lopes, produção artesanal, atualmente assessorada por maquinas produzidas aqui mesmo na região. Conversamos com um dos responsáveis o senhor: Raimundo José de Barros (Raimundinho), que falou sobre todo processo da produção do doce, iniciando na colheita do fruto até o doce embalado, explicou que o fruto é colhido em seguida é tirado a polpa depois começa o preparo do doce, esse processo rende emprego para 40 (quarenta) pessoas. o doce é distribuÃdo para todo Brasil, sendo distribuÃdos em maior quantidade para: Minas Gerais, Pará e Maranhão, estando em negociações para exportação para outros paises. Com grandes movimentos a fábrica produz em media 5.000kg (cinco mil quilos) de doces por dia.
Veja as imagens de nossa visita a essa movimentada produção de doces.
BURITÃ COM SEMENTES
BURITÃ DE MOLHO PARA TIRAR A POLPA
FERVENDO O DOCE
MEXENDO O DOCE
DOCES PARA EMBALAGENS
PREPANDO EMBALAGENS
FECHANDO CAIXAS DE DOCES
PESANDO DOCE NAS EMBALAGENS
COMPRADORES DE DOCES DA BOCAÃNA - PI
SEU RAIMUNDINHO, RESPONSÃVEL
Fonte: 1Edição: 1
Por: Josely Ecologista