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Relatório da Volks confirma apoio à ditadura no Brasil

Documentou traçou o relacionamento da montadora com o governo

15/12/2017 09:09

Um relatório encomendado pela Volkswagen confirmou nesta quinta-feira (14) que a montadora alemã colaborou com o regime militar (1964-1985) no Brasil. Assinado pelo historiador alemão Christopher Kopper, o documento foi divulgado na fábrica da multinacional, em São Bernardo do Campo. O texto mostra o relacionamento entre a Volkswagen e o governo brasileiro durante a ditadura militar.


Logomarca da montadora de carros alemã. Foto: Reprodução

Em uma das passagens do relatório, cerca de seis trabalhadores da montadora foram presos, e pelo menos um torturado dentro da fábrica em São Bernardo, em 1972.

"A Volkswagen do Brasil foi irrestritamente leal ao governo militar brasileiro e compartilhou os seus objetivos econômicos e de política interna. A diretoria em Wolfsburg evidenciou até 1979 um apoio irrestrito ao governo militar que não se limitava a declarações de lealdades pessoais", informa o texto.

Kopper ainda afirmou que a montadora "obteve lucros surpreendentemente altos" com a ditadura militar.

"Lamentamos profundamente por episódios que possam ter acontecido naquele período", disse o presidente da Volkswagen no Brasil, Pablo Di Si.

Durante a divulgação do relatório, um grupo de ex-funcionários da Volkswagen realizou um protesto na porta da fábrica. Eles reivindicavam indenizações da montadora pelos acontecidos no período militar.

Fonte: Jornal Do Brasil
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