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Vexame da seleção sela o destino de Dunga

A eliminação na primeira fase da Copa América do Centenário foi a gota d'água que levou a CBF a demitir Dunga do cargo de técnico da seleção brasileira, nesta terça-feira, colocando ponto final a uma segunda passagem de dois anos em que o ca

14/06/2016 17:55

Dunga participa de coletiva de imprensa, em Foxborough, Massachusetts, no dia 11 de junho de 2016

A eliminação na primeira fase da Copa América do Centenário foi a gota d'água que levou a CBF a demitir Dunga do cargo de técnico da seleção brasileira, nesta terça-feira, colocando ponto final a uma segunda passagem de dois anos em que o capitão do tetra não conseguiu reerguer uma seleção ainda traumatizada pelo 7 a 1.

Após se reunir com o treinador na sede da CBF, no Rio de Janeiro, a cúpula da entidade anunciou em um comunicado ter decidido "dissolver a comissão técnica da Seleção Brasileira" e que "deixarão os cargos o coordenador de Seleções, Gilmar Rinaldi, o técnico Dunga e toda a sua equipe".

O mais cotado para substituir o capitão do tetra é Tite, técnico do Corinthians, mas a CBF ainda não anunciou o sucessor.

"A decisão foi tomada em comum acordo durante reunião nesta tarde e, a partir de agora, a CBF inicia o processo de escolha da nova comissão técnica da Seleção Brasileira", completou o comunicado.

A CBF precisa divulgar até quarta-feira a comissão técnica que tentará conquistar a medalha de ouro inédita nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Ainda não se sabe se a seleção olímpica será dirigida pelo sucessor de Dunga ou por Rogério Micale, que vinha trabalhando com os atletas Sub-23.

Dunga, de 52 anos, que teve sua primeira passagem no comando da seleção de 2006 a 2010, com eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo na África do Sul, permaneceu apenas dois anos no cargo, que assumiu depois da humilhação na Copa do Mundo no Brasil.

A escolha, feita pelos mesmos dirigentes que o demitiram nesta terça-feira, surpreendeu na época, por trazer um 'velho conhecido' em um momento em que se ansiava por renovação.

'Campeão dos amistosos'

No último domingo, a seleção deu mais um vexame ao ficar pelo caminho logo na primeira fase da Copa América, o que não acontecia desde 1987. O jogo que selou a eliminação foi uma derrota por 1 a 0 para o Peru, com direito a gol de mão de Ruidiaz, em Foxborough, perto de Boston.

A campanha começou com empate sem gols com o Equador. A única vez em que balançou as redes foi contra a modestíssima equipe de Haiti, que goleou pelo placar 'emblemático' e um tanto irônico de 7 a 1, gerando muitas piadas em relação à humilhação histórica da semifinal da Copa do Mundo contra a Alemanha.

No ano passado, o Brasil de Dunga tinha sido eliminado na competição nas quartas de final, ao perder nos pênaltis para o Paraguai, como aconteceu em 2011, sob o comando de Mano Menezes.

Além do péssimo desempenho na Copa América, o que mais preocupa é a sexta posição nas eliminatórias para o Mundial-2018, na Rússia, fora da zona de classificação.

A reação precisa ser imediata, para não correr risco de mais um vexame gigantesco para a seleção pentacampeã mundial, a única que participou de todas as edições do torneio.

No total, a segunda era Dunga teve 26 jogos, com 18 vitórias, cinco empates e três derrotas.

Um aproveitamento muito bom se não fosse 'mascarado' por um dado revelador: o Brasil foi o campeão dos amistosos, com 100% de aproveitamento em 13 partidas, mas o rendimento caiu muito em jogos oficiais, com cinco vitórias, cinco empates e três derrotas.

Muito além dos números, a seleção precisa reencontrar um padrão de jogo para resgatar sua identidade e o orgulho do torcedor pela camisa verde-amarela.

Fonte: Esporte interativo
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