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Três anos depois, quarteto mágico do Atlético-MG vive desilusão completa

Estrelas que brilharam no épico título alvinegro da Libertadores caíram assustadoramente de rendimento e passam por momentos delicados na carreira

17/08/2016 17:15

Aquela conquista mudou o rumo da carreira de todos eles. Bernard e Jô passaram a ser convocados por Felipão para a Seleção Brasileira e ficaram muito valorizados no mercado. O garoto entrou na mira de gigantes do futebol europeu. Tardelli voltou a ser um dos principais jogadores em atividade no Brasil, se confirmando ainda mais com o título da Copa do Brasil em 2014 e também ganhando espaço no escrete canarinho, mas com Dunga. Já Ronaldinho, que foi abraçado pela Massa e teve uma relação de amor e idolatria com a torcida, que o ajudou em um momento pessoal delicado, voltou a ser exaltado e provou que ainda podia ser espetacular.

No entanto, desde então, as coisas começaram a dar errado, e o quarteto mágico de 2013 chegou na desilusão completa em 2016. Ronaldinho caiu de rendimento em 2014, foi para o Querétaro e depois para o Fluminense, mas não conseguiu repetir as grandes atuações que teve no Galo. Sem clube neste ano, ele entrou na Justiça do Trabalho contra o Atlético-MG, cobrando cerca de R$ 300 mil. O clube alvinegro contesta a dívida.

Jô, por sua vez, viveu nas trevas depois da Libertadores. Mesmo em má fase no Galo, foi convocado para a Copa do Mundo de 2014, e fez parte do elenco que sofreu o humilhante 7 a 1 para a Alemanha. No Alvinegro, depois de ficar mais de um ano sem marcar gols, anotou o tento do título mineiro de 2015, mas não voltou a brilhar. Acabou indo para Al-Shabab, onde também não se destacou. Vendido ao Jiangsu Suning, da China, ele também não foi bem, e nesta semana foi encostado pela equipe, já que seu treinador não pretende utilizá-lo. Para piorar, ele não tem uma proposta sequer, e deve ficar até o fim da temporada apenas treinando.

Tardelli, por outro lado, demorou para ter uma queda. Em 2014 ele foi um dos grandes nomes alvinegros nos títulos da Recopa Sul-americana e da Copa do Brasil, e voltou a ser convocado para a Seleção Brasileira depois da Copa do Mundo. Em 2015, porém, o jogo virou. O atacante se transferiu para o Shandong Luneng, atraído por um salário superior a R$ 1 milhão por mês, alegando que os vencimentos lhe dariam a sonhada independência financeira. Sem questionar, mas já questionando a opção do jogador, que é profissional e toma suas decisões com base no que julga ser melhor pessoal e profissionalmente, mas ele já tinha ganho muito dinheiro na Rússia e no Qatar. Obviamente, foi para a China apenas para ganhar ainda mais dinheiro, pois já tinha conseguido a independência financeira há muito tempo.

(Fotos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Em sua primeira temporada na China, Tardelli teve altos e baixos e perdeu espaço na Seleção Brasileira. Neste ano, veio a completa desilusão: fora dos planos do time chinês, ele foi liberado para procurar outro clube. Como a janela de transferências brasileira já se fechou, ele não pode assinar com nenhum time tupiniquim. Com isso, até o fim da temporada, ele ficará treinando no Atlético-MG para melhorar sua condição física, sem contato com os jogadores do clube mineiro. O próprio atleta pediu ajuda ao Galo para poder treinar no CT.

Já Bernard está em baixa desde que saiu do Atlético-MG. Negociado com o Shakhtar Donetsk após a Libertadores, o garoto, assim como Jô, foi convocado para a Copa do Mundo de 2014 mesmo sem viver grande fase, e fez parte do vexame tupiniquim. Em seu clube, ele nunca conseguiu ter muitas oportunidades, não é titular e perdeu a moral e mercado que tinha na Europa. Ele é especulado apenas em clubes brasileiros, visando um retorno para tentar retomar a carreira.

Fonte: Esporte interativo
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