Terceira maior venda da história do futebol brasileiro, a ida de Gabriel Jesus para o Manchester City ficou ainda mais cara nos últimos dias. É que o Palmeiras conseguiu mais 960 mil euros, ou R$ 3,2 milhões, do clube inglês graças ao mecanismo de solidariedade – a Fifa criou uma regra que garante ao clube formador do atleta uma porcentagem em cima do valor do negócio.

Uma fonte alviverde assegurou ao Blog que o City concordou em pagar aproximadamente 3% do custo da operação ao Verdão. Jesus havia sido negociado no ano passado por 32 milhões de euros, que equivalem hoje a R$ 112,2 milhões. Com mais R$ 3,2 milhões, o valor final da negociação chega a R$ 115,4 milhões.

A venda de Gabriel Jesus só não é maior do que as de Neymar do Santos para o Barcelona (88 milhões de euros) e de Lucas do São Paulo para o PSG (43 milhões de euros).

Foi por causa dessa porcentagem como clube formador que o Palmeiras enviou na semana passada o diretor-executivo de futebol, Alexandre Mattos, para Manchester. O atacante da seleção brasileira, que havia se apresentado ao City no início de janeiro, estava impedido de atuar até a última quinta-feira devido ao impasse.

O Palmeiras não tinha dado o atestado liberatório de Gabriel Jesus porque cobrava dos ingleses tal valor. Com o encontro de Mattos com Ferran Soriano, CEO do City, o acordo foi selado e o artilheiro enfim pôde ser apresentado e estrear – ele jogou os oito minutos finais do empate em 2 a 2 do City com o Tottenham, pela Premier League.

O lucro do Verdão com Gabriel Jesus ainda não está totalmente definido, porque o clube disputa na Justiça os 27,5% do negócio que pertenceriam ao empresário Fábio Caran. A alegação é de que o descobridor do menino descumpriu uma cláusula contratual ao repassar parte de seus direitos a terceiros.

Se conseguir ficar com a fatia de Caran, o Palmeiras garantirá cerca de R$ 72 milhões, além dos R$ 3,2 milhões fechados na semana passada. A última parcela da compra de Jesus será quitada nos próximos dias e equivale a R$ 35 milhões.

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