O que acha do Dunga na Seleção?

"O pessoal sempre condena muito o Dunga, eu tive, não só a felicidade, mas a honra de conhecer ele pessoalmente no clube. Serei eternamente grato, pois depois ele me deu em 2008, 2009, a oportunidade de defender a camisa da Seleção Brasileira, por sete jogos. É um cara fora do comum. Cada um tem sua capacidade entre os treinadores, mas o Dunga sempre foi muito cobrado. Ele é um dos melhores seres humanos que eu conheci e ele sofre com isso desde quando era atleta".

"Ele fez um grande trabalho (em 2010), só faltou ser campeão do mundo. E agora, com essa reformulação, ele tem total capacidade, mas sempre tem alguém duvidando. Todo mundo precisa de confiança, credibilidade, mas não acho que uma mudança agora seria necessária. Adoraria que o Dunga recebesse mais respeito e carinho, pois no futebol é muito difícil ser vencedor sem isso".

Você falou em liderança. Como era o Fernandão?

"É difícil você conhecer líderes como o Fernandão. Ele tinha a capacidade de mover coisas, de mobilizar, como poucas vezes eu vi, para te falar bem a verdade. E para grandes projetos, são necessários grandes líderes. Ele veio para completamentar nossa equipe. Eram três pilares naquele Inter (Abel, Fernandão e Fernando Carvalho), eles nos deixavam sempre muito seguros de tudo que falavam, de que tudo era possível".

"Tudo que eu vivi com o Fernandão foi único, pois ele é um cara diferente, que o futebol e a vida perdeu muito cedo, pois ele tinha muito a nos acrescentar ainda. Ele faz muita falta, quando ele parou de jogar, ele ainda me ajudava muito, era sempre quem tinha uma solução para qualquer situação. Sem ele, não sei se seria possível conquistar tudo que fizemos".

Os números de Alex no Brasileirão 2015:

Quando você pensa em pendurar as chuteiras?

"Daqui uns três ou quatro anos. Eu vou jogar tranquilo e sei que tenho condição para isso e depois a gente acaba bem pensando no momento. Hoje, estou sem lesão grave, participo de mais de 95% das sessões de treinamento. Eu ainda tenho o desejo de conquistar, pois só quem conquistou sabe como o gosto que é e eu quero sentir esse sabor de conquistar mais Brasileiro, Libertadores, nesses próximos anos".

Sonha dar um Brasileirão para o Inter?

"Essa é a conquista que eu adoraria participar e ter aqui junto. São 36 anos e é muito tempo para um clube que mais títulos ganhou no século 21 e não ter um Brasileirão. É muito ruim, com três vices, dá muita saudade para a torcida. Qualquer momento que o Inter ganhar, eu ficaria feliz, mas adoraria participar de um título como esse".

"A sede hoje por um Brasileirão eu diria que é até maior que ganhar uma Libertadores. Óbvio, que se você está disputando, você vai querer vencer, mas o Brasileirão traria uma felicidade diferente para o clube".