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Praias têm preço 'para gringo': 'Para Olimpíada é mais caro', diz vendedora

Preços podem variar até 100% em praias de diferentes bairros do Rio. Prefeitura determinou padrão de layout, mas não estipulou tabela de preços.

15/07/2016 14:40

Com a chegada da Olimpíada do Rio de Janeiro e as férias do meio do ano, os preços de serviços e de produtos nas praias já aumentaram. Os altos valores assustam quem frequenta a orla no dia a dia e os vendedores já diferenciam os preços para quem é carioca e para quem é turista.

Para sentar em uma cadeira, tomar uma cerveja e pegar sol debaixo da barraca é preciso desembolsar R$ 22. Essa é a média do preço cobrado nas praias da cidade olímpica.
"A cadeira é R$ 7. A barraca é R$ 7 também. O latão [cerveja] é R$ 8", diz um vendedor da Paraia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

Com uma câmera escondida, a equipe de reportagem da GloboNews foi às praias e constatou que os preços podem variar até 100%. Na Barra da Tijuca, um conjunto de cadeira e barraca de praia pode chegar a cerca de R$ 15.


Foto: Tiago Leme

Sem saber que estava sendo filmado, um vendedor ofereceu pela metade do valor, quando viu que o repórter falava português. A tabela marcava valores mais altos e o vendedor explicou que aqueles preços são para "quem vem de fora"

Em Ipanema, na Zona Sul da cidade, também acontece a mesma variação de preços.
"O preço é R$ 7, mas eu faço por R$ 5. Mais para o fim de semana, nas olimpíadas", diz o vendedor de Ipanema.

Prefeitura determina padrão de layout, mas não estipula tabela de preços
Em 2014, foi publicada no Diário Oficial do Município do Rio uma resolução com o padrão do layout das tabelas de preços ao consumidor das praias. As barracas adotam os modelos, mas não são obrigadas a seguir um preço fixo.

Para o economista Marco Aurélio Cabral, é importante perceber que há uma disparidade de preço dentro da própria praia.

"É muito importante que as pessoas percebam essa discrepância e façam bem as escolha. Os vendedores estão elevando o preço porque estamos observando um processo natural da economia onde a demanda aumenta muito, e a oferta não vai aumentar. Se espera o retorno dos preços a normalidade, uma vez terminadas as férias de inverno e a Olimpíada", explicou o economista.


Fonte: G1
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