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Rescisões custam R$ 15 milhões, e Flu precisa de R$ 50 milhões até abril

Em apresentação no Conselho Deliberativo, vice de finanças detalha situação do clube. Captação de recursos via um fundo de investimento está em situação avançada

29/03/2018 14:02

Sessão extraordinária do Conselho Deliberativo de terça-feira à noite foi reveladora sobre a situação financeira do Fluminense. Em apresentação a conselheiros e sócios, Diogo Bueno, vice de finanças, detalhou um cenário que precisa ser resolvido até o término de abril: a captação de R$ 50 milhões.

Dos dispensados, Henrique é o único que ainda não chegou a acordo, caso de Cavalieri (Foto: Mailson Santana / FluminenseFC)

O valor é para pagar especialmente impostos em atraso, comissões devidas a empresários e parte das rescisões a sete jogadores do grupo de liberados ao final do ano passado - apenas o zagueiro Henrique ainda não chegou a acordo.

O parcelamento feito aos atletas tem o maior valor a ser pago no próximo mês e totaliza R$ 15 milhões só em 2018 - apenas com Diego Cavalieri, Henrique e Marquinho o gasto anual era de R$ 18 milhões, por exemplo. A partir de maio, o custo das parcelas reduz consideravelmente.

O Tricolor, então, buscará o recurso via Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC). Ou seja: pegará um empréstimo com investidores, com os direitos de transmissão como garantia. Haverá a cobrança de juros. Esta negociação, feita desde o ano passado, está avançada, com chance de ser assinada nos próximos dias.

Apesar de terem sido reconhecidamente mal executadas pela diretoria, as dispensas conferiram economia aos cofres tricolores. Ainda que o valor a ser gasto em 2018 seja alto, a ideia do clube era que alongar os pagamentos ajudaria a ter um ano menos apertado nas contas. Diferentemente de 2017, a atual temporada não registrou atrasos de salários após a regularização das pendências em janeiro.

Diogo, na apresentação, explicou que na elaboração do orçamento de 2018, o cenário negativo previu a necessidade de R$ 100 milhões para pagar dívidas contraídas na gestão Peter Siemsen. Com o recente bloqueio de receitas e as rescisões, o valor subiu para R$ 160 milhões. Dos quais, R$ 50 milhões têm de ser levantados até abril.

É importante ressaltar que a previsão dos R$ 160 milhões não foi de défict no ano. Trata-se de uma necessidade de caixa. Ou seja, dinheiro para fechar as contas. Existe a possibilidade de novas renegociações serem feitas ou a possibilidade de receitas extras, como a venda de jogadores, para resolver a situação.

Fonte: Globo Esporte
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