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Brasil iniciará pela primeira vez com quarteto ofensivo de 80 gols

Eles chegaram à seleção com 80 gols marcados na temporada pelos clubes, em que pese o fato de que Willian nem sempre foi titular e Neymar e Jesus perderam um punhado de jogos por lesão.

10/06/2018 09:51

A seleção brasileira tradicionalmente é cercada de expectativas distintas. Se internamente é cobrada por resultados, muito mais do que pela qualidade do jogo em si, na Áustria e em todo o resto do mundo prevalece a ideia romântica de que os pentacampeões não precisam vencer, e sim dar espetáculo. Neste domingo, contra a Áustria, às 11h (de Brasília), existe a possibilidade de as duas demandas serem atendidas: Tite testará pela primeira vez de saída o quarteto formado por Philippe Coutinho, Willian, Neymar e Gabriel Jesus. É o que o futebol brasileiro tem de melhor a oferecer em termos ofensivos.

Eles chegaram à seleção com 80 gols marcados na temporada pelos clubes, em que pese o fato de que Willian nem sempre foi titular e Neymar e Jesus perderam um punhado de jogos por lesão. É o quarteto mais artilheiro que o Brasil terá em campo às vésperas de uma Copa no milênio. Tanta ofensividade não está garantida na estreia contra a Suíça, no próximo domingo, em Rostov. Vai depender exatamente do que mostrarem em campo.

— Não sei te afirmar se essa escalação será a do começo da Copa. Não posso me comprometer, com os atletas de alto nível que temos. Vamos ver como vai ser esse jogo e os outros treinamentos — afirmou Tite.

A partida será a primeira de Neymar como titular desde que sofreu uma fratura no pé direito, no fim de fevereiro. Ainda assim, ele não está pronto para jogar os 90 minutos. Ontem, Tite confirmou que deverá substituí-lo depois do intervalo. Se será no começo ou no meio do segundo tempo, dependerá do desgaste que o atacante apresentar.

A decisão de reunir os quatro vem sendo amadurecida desde o ano passado. Tite se viu pressionado pela boa fase de Willian e pela falta de um jogador mais criativo no meio de campo. Para completar, as dificuldades para furar a defesa da Inglaterra, postada com uma linha de cinco homens, no amistoso terminado em 0 a 0, em novembro, acenderam o sinal de alerta na comissão técnica.

No amistoso contra a Rússia, em março, Tite escalou Philippe Coutinho pela primeira vez no meio, na posição que era de Renato Augusto. Mas na ponta esquerda, em vez de Neymar, estava Douglas Costa.

— Esqueça os nomes e se apegue à ideia — destacou Tite. — Já trabalhamos assim, podemos ter ofensividade e equilíbrio em campo.

Desafio também para a defesa

Tudo vai depender de como Coutinho vai reagir à nova função, se conseguirá repetir o cunho marcador de Renato e Fernandinho, outra opção do técnico para escalar no setor. O volante do Manchester City era uma opção para dar liberdade aos avanços de Marcelo na esquerda. Sem ele em campo, o lateral-esquerdo deverá atacar com mais parcimônia.

Para a defesa, a entrada de Coutinho é um desafio a mais. A seleção brasileira festeja o fato de só ter sofrido cinco gols em 20 partidas desde que Tite assumiu o comando. Nesse período, a formação com dois volantes e um meia e até três volantes foi a que prevaleceu, o que ajuda a explicar os poucos gols sofridos. Com o quarteto em ação contra uma seleção que conseguiu vencer a Alemanha por 2 a 1 na semana passada, a tendência é que Tite também consiga tirar conclusões sobre como o sistema defensivo reagirá com o meio de campo mais leve.

— Nossa preocupação no sistema defensivo é não sofrer gols, estamos sempre organizados. Independentemente de quem for jogar, taticamente, se não formos perfeitos, precisamos estar perto da perfeição para não sofrer gols — destacou o zagueiro Miranda.

Fonte: Extra
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