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Após escândalo, Fifa mantém controle antidoping fora da Rússia

Com laboratório de Moscou descredenciado pela Agência Mundial Antidoping, amostras dos atletas serão levadas para a Suíça.

12/06/2018 11:14

O assunto ainda causa desconforto e é evitado pela população local. Quatro anos depois de um escândalo que colocou em xeque décadas de êxito do esporte russo, a Copa do Mundo se torna mais uma chance da Rússia ao menos tentar limpar a imagem de ''trapaceira'' que deixou para o mundo.

Em 2014, uma denúncia da imprensa alemã expôs um esquema de dopagem na Rússia com participação de autoridades do esporte local e do governo do país. O auge foi durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, último grande evento sediado na Rússia. O país sede, aliás, venceu o quadro de medalhas em 2014, mas perdeu mais de 10 pódios após investigações.

Escândalo de doping ainda incomoda da Rússia (Foto: Vitaly NevarTASS via Getty Images/Reprodução)

Quatro anos depois... O que mudou?

A Rússia e seus atletas enfrentaram consequências severas pelo esquema de dopagem. Na Rio 2016, a delegação do atletismo foi banida. Nos Jogos Olímpicos de Inverno deste ano, na Coreia do Sul, o país cumpriu suspensão e seus atletas considerados limpos não puderam competir sob a bandeira russa. Apesar disso, pouco se fez para mostrar uma real mudança no que mais parece ser uma ''cultura de dopagem'' no país.

Quem investiga o caso de perto assegura que a Rússia não cumpriu boa parte dos critérios estabelecidos pela WADA para ter sua reintegração completa. Um dos pedidos da agência era o acesso amplo ao laboratório de Moscou - o que não aconteceu até hoje. Acredita-se que o local guarda um grande armazenamento de dados do esquema do país.

E na Copa?

O laboratório de Moscou, por motivos óbvios, não está credenciado pela Wada. Todos os exames antidoping realizados durante a Copa do Mundo serão enviados imediatamente para o laboratório de Lausanne, na Suíça, onde serão feitas as análises das amostras.

A Fifa garante que não haverá a presença de russos no controle de dopagem da competição. Vale ressaltar que, no ano passado, o vice-primeiro-ministro russo e titular da pasta dos Esportes, Vitali Mutko, deixou o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2018. Ele foi excluído pelo resto de sua vida dos Jogos Olímpicos por suposto envolvimento no escândalo de doping.

Fonte: Globo Esporte
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