Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Tumulto e gritos de '7 a 1' marcam treino aberto da seleção

A CBF havia autorizado a entrada de apenas 120 pessoas na Granja Comary, no entanto, após tumulto, decidiu liberar a entrada do público.

26/05/2018 13:02

O treino da seleção brasileira desta sexta-feira (25) foi marcado por confusão fora de campo, tentativa de invasão de torcedores, gritos de "7 a 1" e pedidos de silêncio de Tite.

Aniversariante do dia -completou 57 anos-, o treinador fez um gesto de silêncio para pessoas que acompanhavam a atividade na Granja Comary. Elas gritavam o nome de Neymar e falavam alto, logo no início da atividade, quando o técnico reuniu os jogadores no centro de um dos gramados do CT da seleção.

Antes do início do treino, torcedores se aglomeraram na portaria principal do condomínio onde fica localizado o centro de treinamentos para tentar acompanhar as atividades da equipe.

A CBF havia autorizado a entrada de apenas 120 pessoas na Granja Comary, no entanto, após tumulto, princípio de confusão, empurra-empurra e choradeira por parte de muitas crianças presentes, a administração do condomínio em que fica localizado o CT da CBF decidiu liberar a entrada do público, o que deu início a uma correria.

Os torcedores, porém, encontraram um novo bloqueio: os portões do centro de treinamento da seleção. Assistiram, então, à atividade pelo alambrado que separa o complexo da área residencial do condomínio. Do local, porém, não era possível ver o gramado onde acontecia a atividade comandada por Tite.

Foto: Reprodução/UOL

Na parte final do treino, pelo menos 20 pessoas, sendo a maioria crianças, invadiram o local após arrebentarem o alambrado. Os invasores foram levados pelos seguranças para fora do complexo.

Insatisfeitos, alguns torcedores começaram a gritar "Uh, é 7 a 1" em referencia à derrota para a Alemanha por 7 a 1 na Copa do Mundo de 2014.

Valéria Rezende, 52, residente em Teresópolis, foi uma das que parou na barreira montada pelo condomínio com seguranças. Ela estava com o filho Matheus Rezende, 21, portador de paralisia.

"Ele é apaixonado, louco por futebol. Nunca tinha vindo aqui", disse ela.

Kauã Costa, 8, era uma das crianças que ficaram tristes pela confusão. Ao lado da prima, Nicole Cardoso, ele lamentou não ter visto os craques do time de Tite.

"Queria ver os jogadores, mas infelizmente não poderei ver o treino", disse o menino.

Muitos pais reclamavam também da truculência dos seguranças. O clima ficou tenso em diversos momentos. Apenas os torcedores liberados para ver o treino dentro do centro de treinamento tinham um conforto maior.

"Eu quero respeito", gritavam as pessoas do lado de fora do complexo esportivo.

O treino desta sexta é o primeiro liberado aos torcedores e também o último aberto aos jornalistas em solo brasileiro -o elenco também vai entrar em campo neste sábado, mas sem a presença de jornalistas e de torcedores.

Além do amistoso contra a Croácia, o time ainda fará mais uma partida preparatória contra a Áustria, em Viena, no dia 10 de junho.

A capital austríaca será a última parada da seleção antes de chegar a Sochi, na Rússia, cidade que servirá de base para o time do técnico Tite nas primeiras fases do Mundial.

Fonte: Folhapress
Mais sobre: