Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

TCU nega pedido e mantém multa a ex-presidente da CBT

Jorge Lacerda tem prazo de até 15 dias para pagar multa de R$ 49.500 referentes a irregularidades na organização de um torneio em 2011

05/05/2017 14:33

Tribunal de Contas da União (TCU) negou na última quarta-feira pedido de reexame do processo contra o ex-presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Jorge Lacerda, denunciado por irregularidades na gestão de recursos federais. A multa de R$ 49.500 foi mantida e o ex-dirigente em prazo de 15 dias a partir da noticação para pagá-la.

Jorge Lacerda foi acusado de desvio de R$ 440 mil captados junto ao Ministério do Esporte para a realilzação do Grand Champions Brasil em 2011, em São Paulo. Coube à Premier Sports Brasil R$ 400 mil para montar as estruturas, e à Brascourt R$ 40 mil para montar as quadras. O problema surgiu quando o local do torneio mudou para a Sociedade Harmônica de Tênis, que não cobrou pelo aluguel do espaço. O TCU constatou que o pagamento foi mantido com a utilização de notas fiscais fraudulentas.

De acordo com o órgão "não é possível aferir a boa-fé do Sr. Jorge Lacerda da Rosa, uma vez que, na formulação da proposta ao Ministério do Esporte, omitiu o fato de que não competia à CBT a realização do evento, além de ter realizado pagamentos os quais não possuem comprovação de nexo causal entre os recursos públicos captados e as despesas realizadas e ter apresentado notas ficais fraudulentas na prestação de contas".


Jorge Lacerda (à esquerda) com o atual presidente da CBT, Rafael Westrupp (Foto: Cristiano Andujar/CBT)

Procurado pelo GloboEsporte.com, Jorge Lacerda se negou a falar. O advogado do ex-dirigente, Guilherme Augusto Fregapani, alega que não houve desvio de recurso e nem condenação de seu cliente, que presidiu a CBT entre 2004 e 2016. Em relação à cessão gratuita das instalações, Fregapani diz que a Sociedade Harmônica não cobrou o aluguel do espaço, mas exigiu entradas para sócios que na época eram avaliadas em R$ 100 mil. Ele também ressalta que o torneio foi realizado e todo dinheiro devolvido.

- Nossa última tentativa foi essa, infelizmente. Ele já está resignado. Trata-se de uma guerra política na CBT e o adversário resolveu tumulturar. Todos os inqueritos já foram arquivados, exceto esse do TCU que se tratou não de desvio, mas de legislação. O dinheiro do convênio tem que ser de uma conta. Essa movimentação de contas leva a esse tipo de condenação. Nossa principal tese é que o evento aconteceu, e apesar disso o recurso captado foi devolvido. Não foi o Jorge que captou recurso. Ele representou a instituição. E ela realizou o evento. Tínhamos o objetivo de tirar essa mancha do currículo do Jorge. Ele transformou e mudou a CBT - disse Fregapani.

Também são réus da ação o ex-tenista Dácio Campos, sócio da empresa Premier Sports Brasil e comentarista do SporTV; e Ricardo Pinto Marzola Júnior, proprietário da Brascourt Pisos Esportivos.

Fonte: Globo Esporte
Mais sobre: