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Na final da Champions League, Cristiane define 2020 como adeus à Seleção

Em um momento significativo de sua carreira, jogadora analisa proposta chinesa e decide data que irá encerrar sua carreira

29/05/2017 09:17

Na próxima quinta-feira, decide com o Paris Saint-Germain a Champions League diante do Lyon, a partir de 15h45 (de Brasília), em Cardiff. Aos 32 anos, Cristiane tem tudo definido em sua cabeça: que o sonho de viver em Paris não pode guiar sua carreira e também que sua passagem pela seleção tem data marcada para terminar. Objetiva, ela garante que, caso continue sendo convocada, estará em mais uma Copa do Mundo (2019, na França) e nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, ou seja, aos 35 anos. Logo depois da disputa do bronze  diante do Rio, ela ainda não tinha a ideia clara em sua cabeça.

"Já coloquei um prazo. Todo mundo acaba tendo. Se eu continuar sendo convocada para a Seleção, quero disputar minha última Copa do Mundo e minha última Olimpíada. E conseguir algo inédito como a medalha de ouro para o Brasil. Meu pensamento é ir até 35 anos. E realizar esse sonho de conquistar esses títulos", afirmou a maior artilheira do futebol olímpico com 14 gols.

Seleção brasileira, aliás, que ela desfalcará nos amistosos de junho diante de Espanha (dia 10) e Islândia (dia 13). A atacante explica que conversou com a técnica Emily e justificou dizendo que precisa de um tempo de descanso depois de uma temporada intensa pelo PSG e também para resolver questões pessoais.

Cristiane em campo pelo Paris Saint-Germain.Foto: PSG

Um dos fatores também envolve o término do seu contrato com o PSG, em 30  de junho. A atleta diz que não tomou decisão sobre o destino na próxima temporada. Tem opção de renovação com o clube francês, mas também recebeu uma proposta do futebol chinês.

"Não tomei decisão porque meu contrato vai ate 30 de junho. Não estamos conversando. Proposta recebi da China, do clube para continuar e não tomei decisão ainda", comentou.

A informação é de que a oferta da China é altamente vantajosa financeiramente para jogadora. Questionada se, atualmente, ela ainda tem o receio de viver em um local distante como o país asiático mais pela questão financeira do que pelo desejo de viver em uma cidade como Paris, Cristiane garante que, na sua idade, ela observa o que vai ser mais decisivo a curto prazo para sua vida e lembra que o futebol feminino tem uma realidade diferente do masculino no aspecto salarial.

Se o destino não está definido, Cristiane trata de focar unicamente no seu atual “sonho de consumo”: o título da Champions. O momento não poderia ser melhor. Recuperada da lesão que a prejudicou na Olimpíada, ela voltou à sua melhor forma e é uma das principais jogadoras da competição europeia e busca a artilharia da disputa. Em terceiro na tabela, soma seis gols contra 6 de Le Sommer, e 5 de Abily, também do Lyon, adversárias na decisão. A líder é Jakabfi com oito, mas que já foi eliminada com o Wolfsburg, ao lado de Miedema, do Bayern, que também já foi eliminado.

O sonho do título é possível, mas não fácil. O Lyon é considerado o melhor time da Europa na atualidade e atual campeão da Liga dos Campeões. Nos confrontos diante do próprio PSG, levou vantagem em quase todos os confrontos apenas perdendo um por 1 a 0 no Francês. Na última semana, ainda conquistou a Copa da França contra as parisienses – um dos gols do 1 a 1 ainda causou polêmica ao ser marcado de pênalti (após empate no tempo normal, a decisão nas penalidades terminou em 7 a 6 para a equipe de Lyon). O segredo para enfrentar a tarefa é simples para Cristiane: jogar e não se colocar em posição de inferioridade.

Fonte: Globo Esporte
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