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Inconformado com resultado, Werdum promete recurso: "Aconteceu um erro"

Gaúcho diz que opção de quedar Overeem após balançá-lo era estratégia: "Se não nocauteasse em pé, falariam: 'Por que não botou para baixo já que você é do jiu-jítsu?'"

11/07/2017 09:59

A derrota para Alistair Overeem, sábado, no UFC 213, em Las Vegas, ficou engasgada na garganta de Fabricio Werdum. O ex-campeão do peso-pesado, que deixou o octógono inconformado com a vitória do holandês por decisão majoritária, não pretende manter as reclamações restrita às suas redes sociais: ele prometeu recorrer para tentar alterar o resultado, classificado por ele como um erro.

Werdum não acredita em má fé, mas garante que venceu o primeiro e o terceiro rounds contra o holandês, na co-luta principal da edição 213, segundo declarou em entrevista ao Combate.com. Na etapa inicial - a mais parelha do confronto -, o gaúcho afirma que foi mais ativo do que o oponente para justificar seu ponto de vista.

- Eu acho que ganhei o primeiro round por uma pequena vantagem. Eu troquei muito mais, procurei a luta, corri atrás para que ela acontecesse. Se dependesse do Overeem, ficaríamos parados, um olhando para a cara do outro. Tive que tomar a iniciativa. Na hora do descanso, o mestre Rafael Cordeiro falou: "Werdum, ganhamos o primeiro, mas é para se movimentar mais, colocar mais o ritmo". No segundo, puxei duas vezes para a guarda, ele acertou mais golpes naquele momento, acho que ganhou o segundo. No terceiro, eu venci claramente. Eu procurei a luta o tempo inteiro, dei o ritmo. Botei para baixo, dei o knockdown. Quem chegou mais perto da vitória fui eu. Ele chegou a cair. Foi o que eu vi, o que todo mundo viu. O que estou recebendo de mensagens... Vou entrar com recurso, não digo roubo, em nenhum momento disse isso. Erros acontecem, é normal. Não só no mundo do MMA, em tudo. Quantas vezes vimos resultados assim em outros esportes? Aconteceu um erro. A Comissão de Nevada deu essa oportunidade aos atletas de recorrerem, então vou recorrer. É um direito. É um resultado importante para mim, vou correr atrás disso. Não quero dizer que me roubaram ou coisa assim, quero deixar bem claro, mas enganos acontecem. Os juízes não viram a mesma luta. Não é perseguição, uma coisa comigo. Acontece, mas vamos ver se consertamos isso.

No último round, Werdum ficou próximo de liquidar Alistair Overeem ao acertá-lo com uma forte joelhada. O holandês acusou o golpe, porém, o brasileiro optou pela queda ao invés de buscar o nocaute diante de um atleta conhecido pela pouca capacidade de absorver pancadas. O brasileiro explica que seguiu a estratégia e, por isso, levou o oponente para o chão.

- Eu não continuei a bater em pé porque estava seguindo a estratégia toda que havíamos feito. Acertei aquele um, dois e uma joelhada, no terceiro round, fizemos no vestiário. E realmente aconteceu na luta. Não continuei batendo porque sempre sigo meus professores. Se eu batesse e não nocauteasse em pé, falariam: "Por que não botou para baixo, já que você é do jiu-jítsu?" Sempre tem as pessoas falando alguma coisa. Eu segui a estratégia, no momento que se encolhesse, ia botar para baixo. E foi o que fiz. 

Embora ainda tente entrar com recurso, "Vai Cavalo" olha para o segundo semestre e revela que gostaria de voltar a atuar em novembro.

- Quero lutar o quanto antes, pretendo lutar em novembro. Não quero ficar muito tempo sem lutar. Quero fazer duas ou três lutas por ano. Quanto mais luta, mais confiança, mais experiência. Três por ano é perfeito. Não tive nenhuma lesão grave. Tenho que tirar meu tempo, umas férias, cumprir os seminários, palestrar e presenças... Aproveitar o momento para fazer isso.

Fonte: Globo Esporte - Combate
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