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Goleiro é peça chave em estratégia do Hollanda Codó/ Maurício de Nassau

Jogar sem goleiro para alguns pode ser um risco. Mas a formação tática vem sendo usada pelas principais seleções de handebol do mundo nos últimos anos

18/09/2016 10:51

Quem assiste a um jogo de handebol do Hollanda Codó/ Maurício de Nassau pode se impressionar com algumas coisas. Uma delas é a agilidade dos atletas tanto dentro de quadra quanto para sair. A estratégia exige uma sincronia perfeita de todos os jogadores. Para que isso seja feito de forma automática durante as partidas, o técnico Giuliano Ramos afirma que não há segredo e que a palavra é uma só: treinamento. 

Entre as peças mais exigidas durante as partidas, está o goleiro. Na equipe piauiense, a responsabilidade fica sobre Valdir, de 18 anos, e que veste a camisa do time desde os 10. 

Foto: Elias Fontenele/ODIA

“Tem que ter muito preparo físico. De início, foi o que eu senti, pois temos que ser muito rápidos para não pegar um gol de contra-ataque. Temos que trocar o mais rápido possível para não nos prejudicarmos na partida. Nossa vantagem é que jogamos juntos há muito tempo e esse entrosamento facilita”, disse Valdir. 

O handebol tradicional traz sete atletas em quadra: seis de linha e um goleiro. Mas com mudança da regra, o goleiro se tornou uma opção e muitas seleções utilizam uma formação com sete jogadores de linha no momento de atacar, ganhando uma superioridade e maior porcentagem de acerto nas finalizações. Na equipe do Hollanda Codó/Maurício de Nassau, aos poucos, a estratégia vem sendo utilizado e a intenção do treinador é aperfeiçoá-la e usar nas grandes competições. 

Conhecido por descobrir talentos na modalidade, Giuliano Ramos se mostra com o passar dos anos um exímio estrategista e que vem acompanhando de perto as alterações táticas para jogar um handebol de alto nível. O goleiro Valdir é um dos nomes que jogam com o treinador desde a categoria cadete até agora, no adulto. Apesar da pouca idade, Valdir já tem no currículo títulos como o vice-campeonato do Mundial Escolar, que foi um dos prontos altos da equipe piauiense. 

Jogar sem goleiro para alguns pode ser um risco. Mas a formação tática vem sendo usada pelas principais seleções de handebol do mundo nos últimos anos, inclusive a Dinamarca, campeã dos Jogos Olímpicos Rio – 16, em cima da até então bicampeã olímpica França (Pequin-08 e Londres-12). Durante os jogos, a Dinamarca sempre utilizou essa superioridade no ataque como uma arma a seu favor. 

“É uma tática de superioridade que você tem que trabalhar. Eu estou treinando isso, trabalhando isso até porque fisicamente eu sou mais fraco do que a maioria das equipes adversárias, por conta do porte físico. A gente treina, pois esse trabalho bem treinado ele tem um bom retorno. Vamos seguir treinando muito isso, para quando precisamos a gente aplicar nas partidas como um algo a mais”, explicou Giuliano Ramos.

Por: Pâmella Maranhão - O DIA
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