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Fifa diz que acusações contra Infantino são 'rumores e insinuações'

Logo nas primeiras linhas da nota, a federação ainda afirma que os documentos que baseiam as acusações contra a entidade foram obtidos de forma ilegal.

03/11/2018 15:43

Em comunicado divulgado em seu site oficial na noite desta sexta-feira (2), a Fifa atribuiu a "falsos rumores e insinuações" de ex-dirigentes da entidade as acusações divulgadas pelo site Football Leaks de que o presidente da Fifa, Gianni Infantino, teria ajudado o Paris Saint-Germain e o Manchester City a driblar as regras de fair play financeiro da Uefa quando era dirigente do órgão que comanda o futebol europeu.

"Como é amplamente sabido, a Fifa estava em uma situação desesperadora em 2015, quando buscava se recuperar de décadas de negligência e má administração. É fato que muitos ex-dirigentes da Fifa estão atualmente enfrentando processos criminais na Suíça e no exterior, Não é de surpreender que alguns dos que foram removidos ou substituídos continuem espalhando falsos rumores e insinuações sobre a nova liderança. Estamos conscientes de que há pessoas que, por frustração, gostariam de minar a Fifa", diz o comunicado.

Logo nas primeiras linhas da nota, a federação ainda afirma que os documentos que baseiam as acusações contra a entidade foram obtidos de forma ilegal. Entre esses documentos está um email enviado por Infantino a Khaldoon  Al Mubarak, presidente do City. Nele, o hoje máximo mandatário do futebol dá sugestões de como o clube poderia escapar das punições e o tranquilizou. Ele também teve reuniões com dirigentes do time inglês e do PSG e repassou a eles material da Uefa considerado confidencial.

De acordo com o Football Leaks, Infantino fez o possível para esvaziar o trabalho do CFCB (Departamento de Controle Financeiro dos Clubes), responsável por analisar os dados financeiros das equipes e apurar se o fair play financeiro havia sido desrespeitado.


 Ex-dirigentes da Fifa, Gianni Infantino. Foto: Reprodução/Folhapress

"Como estamos implementando as reformas na Fifa, foi sempre claro para mim que enfrentaria forte oposição, especialmente daqueles que não podem mais lucrar descaradamente com o sistema do qual faziam parte", disse o presidente da Fifa na nota.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, participa de Congresso da Conmebol em Buenos Aires Martin Ruggiero-12.abr.18/Associated Press O presidente da Fifa, Gianni Infantino, participa de Congresso da Conmebol em Buenos Aires    A entidade também acusa o grupo de jornalistas responsáveis por checar e divulgar as informações obtidas pelo Football Leaks  -o EIC (European Investigative Collaborations)- de tentar "minar a nova liderança da Fifa e, em particular, o presidente Gianni  Infantino e a secretária geral, Fatma  Samoura".

O EIC é composto por jornalistas de grupos de mídia de 15 países europeus. Entre eles, estão as revistas Der Spiegel, da Alemanha, e L'Espresso, da Itália, e os jornais El Mundo, da Espanha, e Expresso, de Portugal.

Após as acusações, o PSG divulgou nota em que diz sempre ter obedecido as leis e regulamentos impostos pela Uefa. O Manchester City afirmou que não comentaria as informações obtidas em documentos "supostamente hackeados e roubados do City Football  Group" e que a "tentativa de manchar a reputação do clube é organizada e clara".

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