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Família de Bebeto de Freitas desaprova homenagem em arena

Filho de ex-técnico, que morreu no dia 13 de março, elogia intenção, mas diz que familiares são contra a mudança de nome da Arena 1 do Parque Olímpico.

22/03/2018 14:33

A intenção até agradou. Mas, ao tentar homenagear Bebeto de Freitas, Cesar Maia errou o alvo. Logo após a morte do ex-técnico, no dia 13 de março, o vereador deu início ao projeto que dará o nome do mentor da Geração de Prata do vôlei à Arena 1 do Parque Olímpico. A família de Bebeto, no entanto, não ficou feliz com a ideia. Diante das acusações de irregularidades na construção do Parque Olímpico, Ricardo de Freitas, o Rico, filho do ex-treinador, diz que a homenagem vai contra os ideais de seu pai.

- Na verdade, é bem simples. Para se fazer uma homenagem desse tamanho, é preciso haver algum significado. E, para o meu pai, o significado é o pior que você possa imaginar. No dia que apurarem todas as falcatruas que aconteceram lá... Isso tudo é justamente o que meu pai combateu durante a vida toda – afirmou Rico, técnico de vôlei de praia, em nome da família.

Rico diz que Cesar Maia não chegou a entrar em contato com a família. O filho de Bebeto elogia a intenção do vereador, mas diz que o local da homenagem é inapropriado.

Bebeto de Freitas ao lado dos três filhosi (Foto: Arquivo Pessoal)

- Ele não entrou em contato. Não tenho nada contra o Cesar Maia. Não acho que a intenção seja ruim, pelo contrário. A intenção é ótima. Mas acho que o local é inapropriado.

Na justificativa apresentada no projeto de lei, a Câmara Municipal lembra os feitos de Bebeto de Freitas como treinador e jogador de vôlei, defendendo o Brasil e o Botafogo. Também lembra seus cargos de dirigente de futebol no clube carioca e também no Atlético-MG – onde trabalhava até a sua morte.

Segundo a publicação, a lei entrará em vigor, batizando a Arena Carioca 1 de "Bebeto de Freitas" assim que for aprovada. No entanto, a alteração do nome ainda passará por uma consultoria e não tem data estipulada para ser confirmada.

A carreira esportiva de Paulo Roberto Freitas, o Bebeto de Freitas, é extensa: foi jogador e técnico da seleção brasileira de voleibol. Comandou a histórica geração de prata da seleção masculina em Los Angeles-1984. Além do feito, também revelou uma série de jogadores que fizeram da equipe uma seleção imbatível nos anos seguintes, como Carlão e Giovane. Bebeto também foi o mentor de dois outros grandes treinadores do vôlei mundial: José Roberto Guimarães e Bernardinho. Depois, se sagrou campeão da Liga Mundial de 1997 e do Mundial com a Itália em 1998, até que o amor pelo Botafogo bateu mais forte em seu peito e lhe fez trocar de esporte.

No futebol, teve a primeira passagem pelo Atlético-MG em 1999. Trabalhou no clube ainda em 2001. Foi presidente do Botafogo entre 2003 e 2008. Posteriormente, voltou ao Galo como diretor-executivo, em 2009. Assumiu a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer na gestão de Alexandre Kalil na prefeitura de Belo Horizonte, no início de 2017. Com a eleição de Sérgio Sette Câmara para presidente do Atlético-MG, no final do ano passado, retornou ao clube, desta vez no cargo de diretor de administração e controle.

Fonte: Globo Esporte
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