Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Copa feminina entra no game Fifa sem Marta e com Brasil genérico

Disponibilizada como uma atualização da edição 2019 do game, a Copa do Mundo feminina conta com uma seleção brasileira formada por jogadoras genéricas, sem o nome ou características das atletas reais.

03/06/2019 16:23

Pela primeira vez na história do game Fifa haverá uma modalidade de disputa com equipes da Copa do Mundo feminina de futebol. Lançado na última semana, o torneio não tem a atacante Marta, atual melhor da  Fifa (prêmio que já ganhou seis vezes).

Disponibilizada como uma atualização da edição 2019 do game, a Copa do Mundo feminina conta com uma seleção brasileira formada por jogadoras genéricas, sem o nome ou características das atletas reais. 

No Brasil, a EA Sports, produtora do jogo, precisa adquirir individualmente os direitos de imagem de cada jogador ou jogadora, diferentemente do que faz, por exemplo, com as seleções europeias, com as quais negocia diretamente com as federações.

Atualmente, a EA não possui vínculo com nenhuma das atletas convocadas para a Copa do Mundo na França. O empresário de Marta, Fabiano Farah, afirma que não recebeu proposta da empresa para negociar direitos da jogadora.

"Ninguém nos procurou, não. Se procurassem, ela não deveria estar só em um modo do jogo, mas sim ser a capa, pela importância dela", disse, à reportagem.

Sem contar com os direitos de imagens das jogadoras brasileiras, o game optou por criar nomes aleatórios para o time canarinho. A formação titular, por exemplo, é a seguinte: Ruiz; Revelia, Redela, Mutto e Lia; Macapá, Saudera, Elisinha e Barni; Pombal; Miri.

Na ausência de Marta, 32, a seleção brasileira tem a atleta Miri, 26, como a melhor jogadora do time.

Miri, no entanto, possui uma avaliação 84 dentro do game. Apesar de ser a melhor do Brasil, está bem longe de ser a melhor do jogo. A americana Rapinoe e a australiana Kerr, com cartas 92, possuem as notas mais altas.

Além do Brasil, a seleção chilena também não teve seu elenco licenciado. De acordo com a EA, 22 das 24 seleções que vão disputar o torneio estarão presentes no jogo. As ausências são as seleções da África do Sul e Itália, também classificadas à competição. A empresa não informou o motivo.

Esta é a primeira vez que o game Fifa vai reproduzir uma competição feminina organizada pela entidade máxima do futebol mundial. O jogo passou a ter times femininos a partir da edição Fifa 2016. No entanto, não havia nenhum torneio licenciado e os usurários disputavam apenas amistosos.

A atualização disponibilizada gratuitamente é semelhante a que ocorreu em 2018, quando a edição do ano passado do Fifa recebeu um pacote com itens da Copa do Mundo na Rússia.

O torneio masculino, no entanto, ganhou uma versão completa, com todas as seleções oficiais, estádios do torneio e disputa desde a fase de grupos. Na atual versão do jogo, a seleção brasileira masculina também não tem todos os seus jogadores reais reproduzidos e conta com uma formação genérica. Do time atual, somente Neymar aparece. Ele tem um contrato especial com a empresa canadense e, inclusive, é um dos jogadores que estampam a capa do jogo.

Procurada, a CBF afirmou que caberia à produtora negociar individualmente com cada atleta para o uso de sua imagem. A entidade disse, ainda, que nem poderia fazer isso antes da convocação oficial, posterior à produção do jogo.

A confederação, contudo, estabeleceu contrato com a EA para que os uniformes oficiais do Brasil, incluindo o escudo da CBF, sejam reproduzidos dentro do game. 

A Copa do Mundo Feminina estará presente no modo Jogo Rápido. Nele, os jogadores poderão disputar somente a final, escolhendo duas das 22 seleções disponíveis.

A disputa envolvendo as seleções femininas será na reprodução do estádio de Lyon, palco da final da competição real, no dia 7 de julho -a Copa do Mundo Feminina começa no próximo dia 7 e o Brasil estreia no dia 9, contra a Jamaica. 

Fonte: Folhapress
Mais sobre: