Cada vez mais perto da conquista do seu décimo título de
Brasileirão, o Palmeiras ainda está proibido de fazer festa. O recado foi dado
por Luiz Felipe Scolari na última quarta-feira (14) após o triunfo por 3 a 0
contra o Fluminense, no Allianz Parque. Com oito pontos de vantagem e um jogo a
mais, o time pode até ser campeão no próximo domingo se vencer o Paraná e
contar com uma combinação de resultados.
O comandante mostrou que está com o mesmo discurso de seus atletas e reforçou
que a festa só será liberada quando os rivais não tiverem mais chance de
alcançar o líder.
"São 12 pontos para jogar ainda, então o título está próximo e está longe.
São 12 pontos para disputar, temos que respeitar todos os adversários. Sabemos
a dificuldade de vencer um jogo. Vamos continuar com os pés no chão. São cinco
pontos de vantagem para o seguidor (na verdade são oito, mas o Inter ainda joga
nesta quinta). Cinco pontos não são nem dois jogos. O título está perto e longe.
Continuar com os pés no chão, independentemente do que ouvir de tantas
porcentagens para ganhar. Vamos jogar com dedicação e aí poderemos ser
campeões", afirmou o treinador.
Felipão também foi questionado sobre a qualidade do futebol apresentado pelo
Palmeiras e não teve problemas em afirmar que suas equipes sempre priorizaram o
resultado e não o desempenho.
Após o empate por 1 a 1 contra o Atlético-MG no último domingo, Felipe Melo
também havia falado do tema. Nesta quarta, em zona mista, o volante voltou a
ser irônico. O comandante, por sua vez, não fez questão de esconder que sua
meta será sempre a vitória, independentemente do estilo de jogo.
"Vocês têm que dizer isso (se joga feio ou bonito). O Palmeiras, da forma
que tem jogado, agrada a uns e não agrada a outros. Tínhamos um projeto, um
ideal e estamos chegando lá. Se não jogamos de uma forma brilhante como alguns
gostariam, estamos jogando de forma concreta para chegar a um objetivo. Estamos
chegando nisso. Sempre fui treinador de resultado, você sabe disso. Nunca me
escondi atrás de outra carapuça. Eu gosto de resultado. Se conseguimos, é
porque a equipe jogou dentro das características para buscar este resultado.
Feio ou bonito? Depende de cada um. Para alguns, eu sou bonito. Para outros,
não. Fazer o quê?", afirmou.
"Não sei como vocês entendem futebol. Nos meus times, eu peço para jogar
bola, mas não dar a bola para o adversário. Se para vocês errar uma jogada é
dar a bola... Em determinados momentos, a sua equipe tem que ter postura tática
defensiva, porque o adversário melhorou ou tem um jogador de velocidade que
causa problema", finalizou.
Fonte: Folhapress