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Marta imagina gol na final olímpica: "É o que mantém nosso sonho vivo"

Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com, camisa 10 do Brasil ainda lembra dos ouros perdidos: "Meu, quantas vezes tivemos essa chance e ainda não aconteceu"

28/07/2016 11:02

Sexta-feira, 19 de agosto, 17h30. Maracanã lotado. É essa cena que passa na cabeça de Marta quando pensa nos Jogos Olímpicos. Chegar novamente à decisão e, dessa vez, não deixar que o ouro escape. Agora, é um sonho, mas que ela trata de cultivar dia a dia. A camisa 10 da seleção brasileira conta que fica imaginando nos treinos a bola sobrando para ela em meio às adversárias. O destino? O gol, o placar de 1 a 0, o título, o ouro. Na memória as perdas recentes, o lamento e a certeza que a conquista será merecida: "Meu, quantas vezes tivemos essa chance e ainda não aconteceu".

- A gente sempre pensa. Isso sempre vem à cabeça. Não é uma constante, mas volta e meia a gente está no treino e fica imaginando e lembrando do jogo: "Nossa, eu imagino a final e a bola sobrar e eu fazer o gol. Acabou o jogo 1 a 0 e a gente ganhou". A gente pensa. É o que mantém o nosso sonho vivo. É uma coisa que a gente tem que perseverar. Eu penso. Eu penso sim. Eu olho também para minha companheira: "Nossa, imagina você na final fazer aquele gol, defender aquela bola lá e no final ganhar". É uma forma de manter motivada. Eu penso eu fazendo, mas eu penso também em minhas companheiras marcando. Meu, quantas vezes tivemos essa chance e ainda não aconteceu - disse Marta em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com.
Se na bagagem ainda não está o ouro, outras cinco conquistas de melhor jogadora do mundo estão. Mas Marta diz que nada disso entra em campo com ela. A capitã da seleção brasileira ressalta que sua batalha como jogadora ainda não acabou. É preciso continuar na luta. A próxima será já no próximo dia 3 de agosto na estreia diante da China, no Engenhão, na Olimpíada.
- Não consigo pensar dessa maneira até porque eu não gosto de pensar que sou isso e aquilo ou sou boa naquilo. Tipo assim. Estou ali no jogo e tenho que fazer acontecer. Não posso me apegar ao que já aconteceu ou ao que eu ganhei. O que eu ganhei aqui não foi pelo que eu fiz anteriormente. Agora é uma situação, agora é um jogo que mal começou. É aqui que eu tenho que mostrar que eu tenho potencial para isso. Procuro separar as coisas. Aquilo que ganhei já passou. É inspiração para as outras pessoas, para quem gosta de futebol, para quem quer chegar a um objetivo. É uma inspiração. Eu me orgulho muito, mas eu procuro não misturar as coisas. Até porque a minha batalha não acabou. Tenho que continuar na luta.

Fonte: Globo Esporte
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